Drama

"A mãe" está em filmagens

Filme protagonizado pela atriz Marcelia Cartaxo e dirigido por Cristiano Burlan, aborda a vida de uma nordestina

Com informações de assessoria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Atriz Marcélia Cartaxo durante as gravações do filme
Atriz Marcélia Cartaxo durante as gravações do filme (marcélia filme)

SÃO PAULO- Maria (Marcelia Cartaxo), uma migrante nordestina que vive na periferia de São Paulo, trabalha como camelô no centro da cidade. Após um dia exaustivo, ela volta para casa e não encontra seu filho Valdo. Depois de procurar na vizinhança e na polícia, onde não obtém nenhuma resposta, ela procura o traficante local, que diz que o filho foi assassinado pela polícia. Incrédula, Maria inicia uma busca incessante para descobrir o paradeiro do filho.

“A mãe” encontra-se em sua terceira semana de filmagem e dá continuidade ao trabalho desenvolvido por Cristiano Burlan, através de documentários e ficções, para trazer humanidade para essas populações periféricas: “Meu irmão foi assassinado pela polícia em 2001. Dois anos depois, fiz o documentário “Mataram meu irmão”. Em 2012, minha mãe foi morta pelo namorado e em 2017 fiz “Elegia de um crime”. Minha história não é uma exceção. A impunidade, o preconceito, a desigualdade, a mídia e os governos transformam essas vidas em números. Mas por trás das estatísticas existem irmãos, amigos, mães e filhos”, diz Burlan.

"A mãe " é um longa metragem de ficção sobre o desespero de uma mãe que fará de tudo para recuperar o filho desaparecido. Estrelado por Marcélia Cartaxo, vencedora do urso de prata de melhor atriz no festival de Berlim, e dirigido por Cristiano Burlan, o filme é um mergulho intimista na vida e no luto de uma mulher que ao ver a vida de seu filho abreviada, precisa enfrentar a burocracia opressora das grandes metrópoles para poder vê-lo uma última vez.

Proposta
O projeto, iniciado em 2013, participou de laboratórios de desenvolvimento como o 7o Brasil CineMundi e Cinema en Develpment no 29o Cinelatino de Toulouse e foi contemplado no Fomento ao Cinema Paulista de 2017, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, em conjunto com a Sabesp, e pelo Fundo Setorial do Audiovisual – Produção de Cinema 2018.

A ditadura civil-militar brasileira terminou há mais de 30 anos. Contudo, a polícia militar, a mais letal do mundo, é uma das instituições remanescentes desse trágico período de nossa história. O genocídio perpetrado contra uma parcela específica da população – jovens, negros, pobres e periféricos – só vem aumentando nos últimos anos. Nas periferias brasileiras, existe uma figura central: as mães. Que dor pode ser mais profunda que o assassinato de um filho? E quando o crime é perpetrado pelo próprio Estado?

Desde o início do projeto, Cristiano sempre teve em mente o rosto de Marcélia Cartaxo – um rosto que reflete a dureza da vida, mas também sua inocência e compaixão.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.