Assassinato

Três pessoas, sem ligação com o crime, foram mortas na Ilha em menos de 5 dias

Dois crimes ocorreram na porta da residência das vítimas, uma no Pirapora e outra no Jardim São Cristóvão; a terceira morte foi no bairro da Liberdade

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

SÃO LUÍS - Três pessoas que não tinham ligação com o mundo da criminalidade, foram assassinadas em um intervalo de menos de cinco dias na capital. Entre as vítimas, duas foram mortas a tiros na porta de sua residência. Um dos últimos casos ocorreu em via pública no bairro do Pirapora na noite desta quarta-feira, 29. A vítima foi Pedro Henrique L. da Cunha, de 29 anos.

A polícia informou que o jovem tinha chegado da academia e estava na porta da sua casa, no Pirapora, quando foi baleado na cabeça e morreu no local. Os tiros teriam sido disparados por dois homens não identificados, e o alvo seria um faccionado, nome não revelado.

Ainda segundo a polícia, os acusados fugiram em um veículo de marca e placas não identificadas. O fraccionado também fugiu do local. Militares realizaram rondas na localidade, mas não conseguiram encontrá-lo.

Policiais da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP) está investigando o caso. O corpo da vítima foi velado na residência de familiares, no Santo Antônio, e o sepultamento ocorreu na tarde de ontem, no cemitério Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar.

Outros casos

As outras duas vítimas, de acordo com a polícia, foram mortas por militares. Populares disseram que Marcos Matheus Andrade Melo, de 20 anos, estava também na porta de sua casa, no Baixão, área do Jardim São Cristóvão, em companhia de amigos quando foi baleado. O fato ocorreu na noite de segunda-feira, 27.

Segundo informações de populares, três criminosos haviam assaltado um veículo, no Anil, e a perseguição policial terminou no Baixão. O jovem chegou a levantar os braços pedindo para não morrer e disse que não tinha envolvimento com o assalto. Ele foi atingido com dois tiros e ainda foi levado pelos policiais para o Socorrão II, onde chegou sem vida.

O comandado da Polícia Militar teve conhecimento do fato e determinou a abertura de sindicância. A guarnição envolvida no caso já foi afastada do serviço e o armamento utilizado nesse dia foi apreendido e será periciado pela Polícia Técnica.

A outra vítima foi identificada como Caio Alexandre Ribeiro Guimarães, de 20 anos. A mãe dele, Claudilene Ribeiro, de 43 anos, disse que o seu filho foi assassinado por policiais quando estava em um bar, na Liberdade. O fato ocorreu na madrugada do último dia 25. “Estou sofrendo desde a morte do meu filho e abalou toda a minha família”, desabafou Claudilene Ribeiro.

Ela declarou que os policiais mandaram o seu filho e as outras pessoas ficarem encostados na parede, enquanto faziam a revista. Em seguida, uma policial, nome não revelado, ordenou que outro militar atirasse em Caio Alexandre.

Claudilene Ribeiro também disse que a vítima foi baleada na cabeça e ainda foi jogada na viatura e levada para o Socorrão I, no centro, onde chegou morta. O caso foi registrado na terça-feira, 28, na sede da SHPP, na Beira-Mar. “Meu filho foi alvejado na cabeça e no local ficou massa cefálica”, contou a mãe da vítima.

Morte de mulher

A polícia informou que a empregada doméstica, Francisca Doralice da Silva Oliveira, de 48 anos, foi assassinada ontem no local de seu trabalho, no bairro Santa Efigênia, e a principal acusada foi identificada como Danielle Silva Rolim, de 20 anos, que é neta da patroa da vítima.

Ainda segundo a polícia, a acusada se deslocou até a Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop), se entregou e confessou o crime. Os policiais foram até o local e encontraram um fio de chapinha enrolado no pescoço da vítima e uma faca. O corpo de Francisca Doralice foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, e o caso está sendo investigado pela SHPP.

Outro homicídio

Também ontem ocorreu a morte de Tiago da Silva Fernandes, de 27 anos. De acordo com a polícia, ele foi morto a golpes de faca no peito durante uma discussão em via pública, no Jardim Tropical, e o principal acusado foi identificado como Adauto Silva, de 52 anos.

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