Prisão

Policial e terceirizado da Polícia Civil presos acusados de crimes

Uma das ações ilegais foi publicada no O Estado durante o fim de semana e, segundo a polícia, existe a possibilidade de haver outras pessoas envolvidas nesse esquema

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Delegados Carlos Arthur, Carlos Alessandro e Roberto Fortes  comandam as investigações sobre os policiais
Delegados Carlos Arthur, Carlos Alessandro e Roberto Fortes comandam as investigações sobre os policiais (Delegados)

SÃO LUÍS - Após matéria publicada no O Estado da edição do último fim de semana informando que a aparelhagem da Secretaria de Segurança Pública (SSP) estava sendo desviada para o uso de empreitadas criminosas na Região Metropolitana de São Luís, a polícia acabou efetuando a prisão dos “cabeças” dessa ação ilegal, o prestador de serviços da Polícia Civil Jairon Everton Diniz, de 46 anos; e o policial civil Valdemir Damasceno Ramos, de 64 anos. A polícia afirmou que ainda ontem estava realizando cerco na Ilha para prender um ex-agente penitenciário temporário, nome não revelado, como também tentando identificar os outros integrantes desse grupo criminoso, que podem fazer parte do sistema de Segurança Pública.

As informações foram repassadas para a imprensa durante coletiva, ocorrida ontem, na sede da Polícia Civil, na Beira-Mar, onde contou com a presença do superintendente da Polícia Civil da Capital (SPCC), Carlos Alessandro de Assis; superintendente de Combate a Corrupção (Seccor), Roberto Fortes; e do delegado Paulo Arthur.

Carlos Alessandro declarou que Jairon Diniz e o investigador da Polícia Civil foram presos em cumprimento de ordem judicial durante um cerco realizado na capital feito pelas equipes da Seccor e da SPCC no decorrer da tarde do último dia 27. Os detidos foram levados para a sede da Seccor, no São Francisco, e recusaram falar sobre o assunto. “O Jairon está sendo preso pela segunda vez em menos de uma semana acusado de cometer esse tipo de empreitada criminosa”, frisou o delegado.

Ele ainda informou que as buscas continuavam sendo realizadas na Região Metropolitana de São Luís para prender o ex-agente penitenciário. “Esse criminoso, além de fazer pare desse grupo, também é acusado de cometer assassinatos. Isto tudo está sendo investigado”, pontuou Carlos Alessandro de Assis.

O delegado Roberto Fortes disse que a polícia continua investigando esse caso devido haver a possibilidade de outras pessoas envolvidas nesse esquema criminosa e possivelmente fazerem parte do sistema de Segurança Pública.

Ações criminosas

O delegado Paulo Arthur declarou que esse bando criminoso vem agindo na Ilha desde o mês de dezembro do ano passado, tem como alvo estrangeiro, feirantes e, pelo menos, realizou cinco ações criminosas. Uma delas faz referência ao vídeo divulgado na mídia e na rede social, na feira do bairro da Cidade Operária.

Ainda segundo o delegado, nessa ação, o trio criminoso portando colete balístico da Polícia Civil e armados atacou vendedores de bingo e pretendiam conseguir de forma ilegal dinheiro. Eles também roubaram uma quantia de R$ 1.400 reais de um colombiano e tomaram de assalto uma motocicleta, no São Raimundo, de um pastor de uma igreja evangélica. Esse veículo estava sendo utilizado em assaltos.

Paulo Arthur também informou que esses criminosos tentaram extorquir um estrangeiro e adquirir de forma irregular um veículo, que estava estacionado há um ano em um condomínio, localizado no bairro da Forquilha. “Existe uma grande possibilidade de haver mais vítimas desses criminosos, então, a polícia continua o trabalho investigativo. Jairon tinha acesso as chaves das viaturas e dirigia durante as ações criminosas ”, esclareceu o delegado.

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