Opinião

Um senador fora de época

Benedito Buzar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Em 1988, o jornalista Augusto Nunes coordenou o lançamento do livro Minha Razão de Viver, do jornalista Samuel Wainer, publicado pela Record. Benedito Buzar

Em 1988, o jornalista Augusto Nunes coordenou o lançamento do livro Minha Razão de Viver, do jornalista Samuel Wainer, publicado pela Record.

Recentemente, o livro foi reeditado, com retumbante sucesso de vendas, por trazer revelações de atos, fatos e episódios que marcaram a vida política brasileira nas décadas de 1950 e 1960.

Naquele período, numerosos e tumultuados acontecimentos vieram à tona, tendo como protagonistas os Presidentes da República, Eurico Dutra, Getúlio Vargas, Café Filho, Nereu Ramos, Juscelino Kubitscheck, João Goulart e Jânio Quadros.

No seu livro de memória, o jornalista Samuel Wainer dedica grande parte a duas personalidades que o ajudaram bastante no começo de sua vida profissional, Assis Chateaubriand e Carlos Lacerda, os quais, posteriormente, o perseguiram demasiadamente pelo fato de lançar no Rio de Janeiro, o jornal Última Hora, fundado às custas de recursos públicos e para defender o Governo do Presidente Getúlio Vargas.

A modernidade gráfica e a extraordinária equipe redacional, organizada e dirigida por Samuel Wainer, deixaram os jornais concorrentes em situação de desconfortável inferioridade, razão porque Chateaubriand e Lacerda, inconformados com a queda de vendagem e a fuga dos grandes anunciantes, passaram a mover uma campanha impiedosa, no sentido de tirar de circulação o novo jornal carioca e destruir moral e financeiramente o seu criador.

No livro, Assis Chateaubriand, o mais aguerrido inimigo de Samuel Wainer, pelo seu espírito diabólico, foi acusado de “se eleger senador pelo Maranhão, um Estado que mal conhecia”.

Chateaubriand, na verdade, quando teve a sua candidatura lançada ao Senado pelo Maranhão, ainda que dono de dois jornais que circulavam em São Luís – um matutino, O Imparcial, e um vespertino, O Pacotilha, tinha pouco conhecimento de nosso Estado, daí porque, na breve campanha eleitoral, só botou os pés aqui na véspera da eleição, quando ao descer da aeronave que o trouxe do Rio de Janeiro, proferiu esta pequena saudação: - Viva o Maranhão.

Chateaubriand, também, não participou em São Luís das articulações promovidas pelos cardeais do PSD, Juscelino Kubitscheck, Amaral Peixoto, Tancredo Neves, Vitorino Freire e Renato Archer, que costuraram um acordo político para o Maranhão devolver o mandato de senador, que ele havia perdido nas eleições de 1954, na Paraíba.

No entendimento de que Chateaubriand não podia ficar sem mandato político e porque o candidato do partido, Juscelino Kubitscheck, à presidência da República, em 1955, precisava da cobertura nacional dos Diários Associados, a cúpula nacional do PSD negociou com o vitorinismo a realização de uma eleição fora de época no Maranhão.

A eleição aconteceu porque três providências foram materializadas: a concordância do governador Eugênio Barros; as renúncias do senador, Antônio Bayma, e do suplente, Newton Bello; a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de marcar uma eleição, inobstante os protestos das Oposições Coligadas, que não tinham candidato para enfrentar o rolo compressor da máquina do governo.

O TRE, mesmo diante do clamor nacional contra aquela barganha política, marcou o pleito para o dia 20 de março de 1955, que resultou na eleição de Assis Chateaubriand e do suplente, Raimundo Públio Bandeira de Melo, que impuseram implacável derrota nas urnas, às candidaturas oposicionistas do coronel da Aeronáutica, Armando Serra de Menezes, e do suplente, jornalista Franklin de Oliveira.

O fato mais ruidoso ocorrido em São Luís, naquela eleição, foi a incineração de uma edição especial da revista O Cruzeiro, que trazia uma reportagem do jornalista David Nasser, sobre a vida de Chateaubriand, para ser distribuída gratuitamente ao eleitorado.

Construtor de pontes

Pela habilidade na arte do diálogo político, o governador do Maranhão, Flávio Dino, vem sendo apontado como um “construtor de pontes”.

Em tempo: as três pontes mais importantes do Maranhão, Benedito Leite, José Sarney e a Bandeira Tribuzi, não foram construídas pelo atual governador.

Quilombolas itapecuruenses

Levando em conta de que oitenta por cento da população de Itapecuru-Mirim descende da raça negra, o prefeito Miguel Lauand, criou recentemente a Secretaria de Igualdade Racial.

Se depender dos votos dos descendentes quilombolas, está garantida reeleição de Miguel Lauand a prefeito de Itapecuru.

Cidades centenárias

Este ano, seis municípios do Maranhão terão motivo suficiente para promover eventos festivos.

Há 100 anos, mediante leis votadas pela Assembleia Legislativa, Pinheiro, Guimarães, Cururupu, Codó, Coroatá, Bacabal e Pedreiras foram elevadas à categoria de cidades.

Sérgio Bogéa

A população de Primeira Cruz quer que o advogado Sérgio Bogéa volte a ocupar o cargo de prefeito.

Para atender aos apelos do eleitorado, Sérgio que já esteve duas vezes o comando da prefeitura de Primeira Cruz, aceitou o desafio de disputar as eleições municipais deste ano.

Pelo prestígio e pelo trabalho realizado, é um candidato imbatível.

Alternativas políticas

Este ano, não haverá eleição para renovação de mandatos de deputados federais e estaduais.

Mas um deputado federal está em preparativos para disputar cargos eletivos no pleito de 2020: Josimar do Maranhãozinho.

Ele não abre mão de concorrer ao Senado ou a Vice-governador do Estado.

Datas nacionais

O Presidente Jair Bolsonaro, que pretende, no seu governo, criar um órgão voltado para as comemorações das grandes datas nacionais, precisa saber que, no Maranhão, no começo do século XX, uma instituição com tal finalidade teve vida em São Luís.

Trata-se da Associação Comemorativa das Datas Nacionais, fundada pelo escritor Antônio Lobo, em 1901, presidida pelo professor Barbosa de Godóis, diretor da Escola Normal.

A referida instituição costumava nas principais datas cívicas do país, desfilar pelas ruas da cidade, com retratos das personalidades que tiveram ativas participações naquelas efemérides.

Ministério da segurança

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, ao que tudo indica, vai criar mais um ministério.

Trata-se do Ministério da Segurança Pública, para que com a sua estrutura administrativa e financeira, possa combater com mais eficiência a criminalidade no país.

Quando o delegado Lourival Mendes exerceu o mandato de deputado federal, apresentou projeto no Congresso Nacional, no sentido de ser criado o Ministério da Segurança Pública.

Atriz maranhense

Fazendo sucesso na novela Éramos Seis, a atriz luso-brasileira, Joana de Verona, no papel feminista de Adelaide.

Ela tem pais portugueses, nasceu em São Luís, mas foi criada em Lisboa.

Maria Rita

Quem disse que a cantora Maria Rita canta e tem repertório, para animar um evento carnavalesco?

A filha de Ellis Regina é uma excelente cantora, mas não tem perfil para participar de show público em plena folia momesca.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.