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História em fascículos

Academia Maranhense de Letras disponibiliza em publicações textos do historiador maranhense Jerônimo de Viveiros

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Capas da coleção "Quadros da vida maranhense"
Capas da coleção "Quadros da vida maranhense" (capas aml)

São Luís - Sob forma de fascículo, a Academia Maranhense de Letras (AML) trouxe a lume uma valiosa coleção que reúne textos publicados na imprensa local pelo intelectual maranhense Jerônimo de Viveiros, nos idos da década de 1950. Trata-se da coleção “Quadros da Vida Maranhense”, resultado de pesquisa de texto de Luiz de Mello, com revisão inicial de Jomar Moraes e Joaquim Itapary e revisão final de Sebastião Moreira Duarte. O trabalho está à venda na livraria Amei (São Luís Shopping).

A coleção, publicada por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, é composta por 12 volumes divididos nos temas “A cidade de São Luís e suas circunstâncias”, “Humorismo e sátira em Euclides Faria”, “À margem de nossa história”, “Recortes da economia maranhense”, “O positivismo no Maranhão”, “Franceses e holandeses no Maranhão”, “Da vida literária maranhense”, “Figuras maranhenses”, “Velhos jornais do Maranhão”, “As bibliotecas públicas de São Luís”, “Os irmãos Azevedo”, “Política, políticos”.

O presidente da Academia Maranhense de Letras (AML), Benedito Buzar, explica como surgiu a ideia do trabalho. “Soube que o pesquisador Luiz de Mello, numa iniciativa louvável, havia resgatado textos de grande importância jornalística e histórica, publicado por Jerônimo de Viveiros, nos anos 1950, na imprensa de São Luís, sobre variados assuntos da vida maranhense. Ele me apresentou o material e a Academia Maranhense de Letras o adquiriu a fim de publicá-lo para que as novas gerações usufruíssem de um manancial de informações sobre nossa terra e de nossa gente, da autoria de um dos maiores historiadores do Maranhão, professor Jerônimo de Viveiros”, relembrou Benedito Buzar.

Em texto de abertura publicado nos fascículos, Sebastião Moreira Duarte explica que na década de 1950, Jerônimo de Viveiros assinou, em jornais locais, uma coluna intitulada “Quadros da vida maranhense” na qual divulgava aspectos curiosos da história pesquisados em periódicos do Maranhão. “Ao mestre interessava – e ele o disse – reunir seu trabalho jornalístico em uma galeria ampla e compreensiva, que pudesse ser utilizada como um meio de informar, instruir e educar seus concidadãos”, escreveu Moreira Duarte.

A opção por publicar os textos em fascículos, segundo Benedito Buzar, foi reunir a produção de Jerônimo de Vieiros por temas afins já que os assuntos abordados pelo historiador são abrangentes. “Ele escreveu sobre muita coisa, nos dando um panorama rico em várias áreas como literatura, economia, política, cidade, imprensa, entre outros”, explica Benedito Buzar.

Perfil

Jerônimo de Viveiros nasceu em São Luís em 1884 e faleceu na mesma cidade em 1965. Foi membro da Academia Maranhense de Letras onde ocupou a cadeira 8. Por sua atuação política, foi vítima de perseguições por ordem do interventor Paulo Ramos, em 1937, em represália às suas posições políticas contra o regime de Getúlio Vargas. Foi processado, preso e demitido das funções de professor do Estado e do município de São Luís.

Sem condições de permanecer em sua terra, após longos anos de magistério, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde, pela sua capacidade intelectual e postura moral, integrou o corpo docente do Colégio Pedro II. Retornou a São Luís em meados da década de 1940 e garantido pela normalidade jurídica, reintegrou-se ao magistério estadual e municipal e, paralelamente, fez um trabalho de resgate de atos e episódios maranhenses, publicado nos periódicos da cidade.

Serviço

O quê

Coleção “Quadros da vida maranhense”, com textos de Jerônimo de Viveiros

Vendas

Livraria Amei – São Luís Shopping

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