Artigo

A influência da Maçonaria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

A Maçonaria foi protagonista em muitos movimentos que resultaram em grandes revoluções sociais, econômicas e financeiras. No período do Brasil Colônia já havia um sentimento de patriotismo que emanava dos templos maçônicos. Um sentimento de amor ao solo brasileiro, de independência, de nacionalismo, onde muitos queriam se ver livres dos ditames portugueses.

Tudo se deve ao aumento do número de maçons em terras tupiniquins, entre eles intelectuais, formadores de opinião que passaram a questionar a interferência da coroa portuguesa na colônia. Como é do conhecimento de todos, boa parte das riquezas produzidas no Brasil iam embora e a exploração a cada dia aumentava. Entre os movimentos sociais que ocorreram no Brasil estão a Inconfidência Mineira (1789), a Independência do Brasil (1822), a Revolução Farroupilha (1835), a Proclamação da República (1889), entre outros movimentos de baixa repercussão social, coincidência ou não em todos esses eventos haviam maçons lutando por liberdade.

Muitos maçons tiveram papel de destaque em nosso país em virtude de sua influência política durante o período do Brasil Império (1822-1888) e também após a Proclamação da República (1889) contribuindo de forma salutar para o desenvolvimento do país. Após tempestuosas lides a Maçonaria pôde acompanhar a transição do Império para a República momento de muita transformação social.

Abaixo a lista de alguns maçons que saíram do anonimato e entraram para a história do Brasil, eles sempre serão lembrados pelas futuras gerações.

1º) José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838) - Patrono de Independência - Ministro de Estado;

2º) Martin Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844) Presidente da Câmara dos Deputados. Ocupou também o cargo de ministro da Fazenda;

3º) Pedro de Alcântara Serafim (1798-1834) - Imperador do Brasil - Título de Dom Pedro I;

4º) João Vieira de Carvalho (1781-1847) recebeu o título de Conde de Lajes - Foi senador do Império pela província do Ceará. Militar, ele ocupou o cargo de ministro da Guerra;

5º) Bento Gonçalves da Silva (1788-1847) - Militar - Líder da Revolução Farroupilha;

6º) José Bento da Silva Lisboa (1793-1864) recebeu o título de Barão de Cairú - Diplomata - exerceu o cargo de Ministro das Relações Exteriores;

7º) Francisco Gê Acayaba de Montezuma (1794-1870) - Senador do Império - recebeu o título de visconde de Jequitinhonha. Fundou o Supremo Conselho do Grau 33 em 1829 na cidade do Rio de Janeiro;

8º) Manoel Alves Branco (1797-1855) recebeu o título de visconde de Caravelas - Foi senador do Império, se destacou como ministro da Fazenda;

9º) Joaquim Marcellino de Britto (1799-1879) Foi deputado do Império do Brasil;

10º) Paulino José Soares de Souza (1807-1866) recebeu o título de Visconde do Uruguai - Foi senador do Império;

11º) Joaquim Saldanha Marinho (1816-1895) senador da República;

12º) José Maria da Silva Paranhos (1819-1880) Visconde do Rio Branco - foi diplomata. Ocupou o cargo de ministro das Relações Exteriores;

13º) Francisco José Cardoso Júnior (1826-1917) Marechal - foi um militar e o primeiro governador do Paraná;

14º) Manoel Deodoro da Fonseca (1827-1892) Marechal, primeiro presidente da República;

15º) Luiz Antônio Vieira da Silva (1828-1889) Visconde Vieira da Silva - Senador do Império do Brasil e governador do Piauí;

16º) Quintino Antônio Ferreira de Sousa Bocaiuva (1836-1912) Senador da República e governador do Estado do Rio de Janeiro;

17º) Antônio Joaquim de Macedo Soares (1838-1905) deputado provincial pelo Rio de Janeiro;

18º) Floriano Vieira Peixoto (1839-1895) presidente da República;

19º) José Maria da Silva Paranhos Junior (1845-1912) Título de Barão do Rio Branco - Foi diplomata. Organizou a carreira diplomática no país;

20º) General Lauro Nina Sodré e Silva (1858-1944) Militar e governador do estado do Pará;

21º) Prudente José de Morais Barros (1841-1902) Presidente da República;

22º) Manuel Ferraz de Campos Sales (1841-1913) Presidente da República;

23º) Hermes Rodrigues da Fonseca (1855-1923) Presidente da República;

24º) Nilo Procópio Peçanha (1867-1924) Presidente da República;

25º) Wenceslau Brás Pereira Gomes (1868-1966) Presidente da República;

26º) Delfim Moreira da Costa Ribeiro (1868-1920) Presidente da República;

27º) Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) Presidente da República;

28º) Nereu de Oliveira Ramos (1888-1958) Presidente da República;

29º) João Fernandes Campos Café Filho (1899-1970) Presidente da República;

30º) Jânio da Silva Quadros (1917-1992) Presidente da República.

A Maçonaria desfruta de muito prestígio desde o período imperial. A Ordem acompanha o desenvolvimento social ao longo dos anos. A instituição sempre esteve na elite política do país influenciando de forma positiva os destinos da nação.


Ubiratan João de Castro

Sereníssimo Grão Mestre da GLEMA

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