Reforma

Judiciário decidirá continuação da obra do Terminal da Praia Grande

Plataformas 1 e 2 do terminal de integração estão interditadas desde a última segunda-feira e o andamento da reforma será decidido após audiência na Vara de Direitos Difusos; plataformas 3 e 4 foram reformadas

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Plataformas 1 e 2 estão interditadas e 3 e 4 voltaram a funcionar, no Terminal da Praia Grande
Plataformas 1 e 2 estão interditadas e 3 e 4 voltaram a funcionar, no Terminal da Praia Grande (plataformas)

A direção do Consórcio Taguatur Ratrans/Consórcio Central, responsável pela administração do Terminal da Integração da Praia Grande, informou que até a próxima quinta-feira, 23, dever ter uma audiência, mediada pelo juiz da Vara de Direitos Difusos, Douglas Martins, para definir o andamento das obras das plataformas 1 e 2 daquele terminal, que estão interditadas desde a última segunda-feira, 20. A área passa por reforma, atendendo a determinação judicial, desde o mês de outubro do ano passado após constatadas as péssimas condições estruturais, principalmente no telhado, vigas, calhas e pilares das plataformas.

Gilson Caldas Neto, do Consórcio Taguatur Ratrans/Consórcio Central, explicou que as plataformas 1 e 2 foram interditadas por precaução e devem passar por reforma, que será decidida durante a audiência. “O andamento da obra será decidido pela Vara de Diretos Difusos, pois é onde o processo do terminal está sendo tramitado”, esclareceu Gilson Neto.

Os usuários do terminal reclamam da demora da obra e dos transtornos causados por ela. O aposentado Hilton Rezzo, de 68 anos, disse que a reforma total já deveria ter sido concluída, para evitar mais transtornos, como os que estão ocorrendo, inclusive, no momento de ter acesso ao coletivo.

Sandra Ribeiro, de 41 anos, declarou que devido a última mudança ocorrida no terminal não sabia o local onde deveria aguardar o coletivo que tinha como destino a área industrial da capital. “Procurei alguém para informar onde era a parada, mas não encontrei. Tive de sair perguntado para os outros passageiros”, desabafou.

Sílvia da Conceição, de 52 anos, que mantém uma banca na frente do terminal, reclamou das vendas. Segundo ela, antes da reforma conseguia obter um lucro maior. “No momento, os passageiros não encostam mais na banca e até mesmo diminuiu um pouco o fluxo de pessoas”, afirmou a vendedora.

Concluída
De acordo com Gilson Neto, a reforma das plataformas 3 e 4 foram concluídas e com isso elas foram liberadas para a comunidade. A perícia judicial constatou que naquelas plataformas havia deterioração e patologias críticas nas vigas, calhas, pilares e consoles e verificou fissuras, trincas, desplacamento de concreto e corrosão das armaduras.

A pista estava cheia de buracos, que poderiam causar acidentes e danificar os coletivos. Em algumas das aberturas, poças d’águas tinham se formado e o pavimento estava repleto de ondulações. O telhado também apresentava irregularidades.

Decisão
No dia 25 de outubro do ano passado, o juiz Douglas de Melo Martins determinou ao Consórcio Taguatur Ratrans/Consórcio Central interditasse, imediatamente, as plataformas 3 e 4 do Terminal de Integração da Praia Grande e iniciasse a reforma em 24 horas, com conclusão antes do período chuvoso.

Além disso, o magistrado pediu que relatório fotográfico do andamento das obras fosse anexado ao processo. O juiz também notificou o Consórcio Central para que esteja ciente da possibilidade de responsabilidade criminal e cível por eventual desabamento e incêndio no Terminal da Praia Grande, nos termos do Código Penal Brasileiro (CPB).

No dia 24 de outubro, Douglas Martins acompanhou uma vistoria no terminal, feita pelo engenheiro civil Roberlan Almeida. No decorrer da visita técnica, o engenheiro constatou nas plataformas irregularidades na estrutura física do local.

SAIBA MAIS

O Terminal da Praia Grande foi inaugurado no dia 8 de agosto de 1996 e vem sendo alvo de reclamação há alguns anos devido às condições em que se encontra, com buracos na entrada e na área interna. Uma das plataformas, inclusive, esteve interditada durante vários meses para reparos, o que levou a administração a fazer modificações nas guias, acrescentando linhas em guias. Isso levou à formação de pequenos engarrafamentos dentro do próprio terminal.
Em julho do ano passado, um grupo de usuários do transporte público realizou um protesto nos dois pontos de acesso ao Terminal de Integração da Praia Grande. Os manifestantes impediram a entrada e saída de ônibus, o que gerou um longo congestionamento. Eles reivindicavam vários itens, incluindo melhorias na estrutura do terminal, acessibilidade e renovação da frota de ônibus.

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