Pavimentação

Militares do Piauí estão em Bacabeira para restauração de trechos da BR-135

Homens são do 3º Batalhão de Engenharia de Construção, sediado em Picos; eles colocarão novo asfalto ao longo da rodovia federal a partir de junho

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Comboio do 3º Batalhão de Engenharia de Construção “Visconde da Parnaíba” chega a Bacabeira para preparar base de operações para obra
Comboio do 3º Batalhão de Engenharia de Construção “Visconde da Parnaíba” chega a Bacabeira para preparar base de operações para obra (exército piaui)

Equipes do 3º Batalhão de Engenharia de Construção (3º BEC), sediado em Picos, no Piauí, estão na cidade de Bacabeira, no Maranhão, para atuarem em reparos de trechos precários da BR-135, no Maranhão. Os 33 militares chegaram ao município no último fim de semana, de acordo com informações apuradas por O Estado. Por enquanto, as guarnições estão realizando apenas a limpeza, pintura e organização do terreno onde seria construída a Refinaria Premium 1.

Segundo a Comunicação Social do batalhão, os militares do 3º BEC (“Batalhão Visconde da Parnaíba”) saíram do Piauí no último dia 14 e chegaram a Bacabeira no sábado, 18. Na cidade vizinha, Rosário, as equipes estão hospedadas, temporariamente, em uma pousada localizada no centro do município. De lá, saem nos veículos da instituição até o terreno onde ficaria a refinaria. Caminhões do Exército estão estacionados nesse local.

Para a limpeza do terreno, com recolhimento de lixo e entulhos, os militares também estão utilizando vários equipamentos. Enxadas e outros materiais estão sendo usados para a retirada do mato alto. O local será a base das guarnições do 3º BEC, cujo nome será “Destacamento Bacabeira”. Essa primeira fase está prevista para terminar em meados do próximo mês.

“A restauração das vias de acesso tem a finalidade de aumentar a capacidade de trafego na região, dando maior segurança aos condutores. O começo da instauração do novo asfalto acontecerá, a partir do mês de junho, após finalização do período de inverno na região”, disse a Comunicação Social do 3º BEC.

Duplicação pendente
Enquanto isso, a duplicação da BR-135 ainda não foi concluída. Em 2012, quando as obras foram iniciadas na rodovia federal, o tempo de aterramento durou mais de 6 meses, por causa das características do solo, considerado mole, e do material empregado na pavimentação (areia/asfalto), que não suporta o grande fluxo de veículo, especialmente, os pesados, como caminhões e carretas.

Inauguração da duplicação
Em janeiro de 2018, o governo federal inaugurou a primeira etapa da duplicação da BR-135, entre o bairro Estiva (zona rural de São Luís) e a cidade de Bacabeira. Foram 11 km, de um total de 26,3 km, como informou na época o então ministro Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência da República, na gestão de Michel Temer (MDB).

A obra fez parte do programa “Agora, é Avançar” e teve um custo total de R$ 503 milhões. A duplicação na BR-135 começou em 2012. O trecho inaugurado era considerado o com maior índice de acidentes de trânsito no Maranhão. No entanto, restaram os demais lotes. O segundo tem 44,3km, que liga Bacabeira a Outeiro. O terceiro e último lote, que compreende 32km, interliga Outeiro até Miranda do Norte.

Habitações no entorno
O então superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Maranhão, Gerardo de Freitas Fernandes, disse em 2018 que o principal entrave para a duplicação da BR-135 era a ocupação das áreas de domínio por famílias e comerciantes, sobretudo entre as cidades de Bacabeira e Itapecuru. Imóveis foram construídos nesses pontos, que são faixas constituídas das pistas de rolamento, canteiros, acostamentos, sinalização e faixa lateral de segurança.

Devido ao impasse que se formou acerca dessa presença humana nas faixas de domínio, várias reuniões ocorreram entre o Dnit e as lideranças comunitárias dessas regiões.

Problemas detectados
Em visita realizada pelo atual ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, no dia 8 de março do ano passado, foram verificadas uma série de problemas estruturais na BR-135. A vistoria abrangeu o trecho compreendido entre os quilômetros 24 e 60. O objetivo foi averiguar o andamento dos trabalhos referentes às obras de duplicação da rodovia federal.

O ministrou afirmou que a obra não foi concluída corretamente. E que cobraria da empresa a reparação do trecho, além de aplicar sanções que estão previstas em contrato. Após a vistoria, Tarcísio de Freitas se reuniu co a bancada federal do Maranhão, no auditório da Superintendência Regional do Dnit.

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