Editorial

Todos contra o Aedes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

As chuvas chegaram e com elas um grave problema de saúde: as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, principalmente a dengue. Portanto, é preciso estar atento. A educação da população e o saneamento básico urbano são importantes para evitar a formação dos criadouros de larvas de mosquitos.

O Governo Federal lançou o alerta em todo o país para o combate ao Aedes. Isso demonstra a preocupação do governo com o problema, já que a vigilância deve ser permanente considerando os inúmeros casos de doenças causadas pelo mosquito, que se reproduz com mais facilidade no período do inverno.

O mosquito Aedes está totalmente adaptado ao ambiente urbano, onde encontra junto aos domicílios, as condições necessárias para o seu desenvolvimento. No Brasil há muito tempo vem sendo realizadas campanhas a fim de acabar com este problema. Hoje as políticas públicas voltadas para o combate a essas doenças têm o objetivo de encontrar o seu controle e não mais a erradicação da doença.

Em 2019, segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 1.544.987 casos de dengue no país, um aumento de 488,3% em comparação com os 262.594 confirmados em 2018. Já em relação às mortes, houve um salto de 289% nos dados de 2019 (782) em relação a 2018 (201).

Conforme dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o Maranhão registrou, em 2019, 5,5 mil casos prováveis de dengue, doença transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. No mesmo período, as autoridades de saúde estaduais computaram 749 notificações de Chikungunya e 331 de zika.

Com base no levantamento das notificações das doenças no estado preocupa: em 2019, os casos de dengue aumentaram mais de 100%, se comparados ao mesmo período de 2018. Já os registros de zika apresentaram, na mesma base de comparação, aumento de 125% e os de chikungunya, crescimento de 9,30%.

O Ministério da Saúde informa que a dengue é uma doença sazonal, com maior ocorrência dos casos no verão, período quente e chuvoso, propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Embora a circulação da doença seja dinâmica, podendo mudar em pouco tempo, o Ministério da Saúde alerta, neste momento, todos os estados da região Nordeste e os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, no Sudeste, sobre o possível aumento de casos da doença em 2020.

O alerta é necessário porque, no fim de 2018, o tipo 2 do vírus da dengue voltou a circular depois de dez anos e, desde então, tem encontrado populações suscetíveis à doença. O ministério esclarece também que existem quatro tipos de vírus da dengue. E mais: cada pessoa pode ter os quatro sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele. O sorotipo 2 que está circulando em algumas regiões do Brasil, tem um potencial de vírus maior de manifestação grave", explica outro trecho do comunicado.

A melhor forma de prevenção da dengue é impedir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Nesse sentido, as pessoas devem eliminar o acúmulo de água parada, que pode se tornar um possível criadouro do mosquito transmissor em vasos de plantas, latões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

Há, por parte dos governos federal, estadual e municipal, um grande empenho no combate ao mosquito. A hora é de conscientização e trabalho ambiental, social e cultural. Façamos, portanto, a nossa parte.

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