Áreas de risco

Moradores de áreas de encostas estão com receio de desmoronamentos

Defesa Civil Municipal começou trabalho de orientação sobre risco de morar em áreas de deslizamentos ou alagamentos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Lona foi colocada pela Defesa Civil na Vila Dom Luís, para evitar desmoronamento
Lona foi colocada pela Defesa Civil na Vila Dom Luís, para evitar desmoronamento (risco)

O domingo chuvoso na Grande São Luís trouxe medo a moradores de áreas próximas de encostas e barreiras, que temem ocorrer alguma tragédia. A Defesa Civil, durante o ano passado, atendeu mais de 500 ocorrências durante o período das chuvas e realizou mais de 300 vistorias técnicas em residências das chamadas áreas de risco da cidade.

“Quem mora em área de risco, não consegue dormir direito na época de chuva”, desabafou Beatriz Santos, de 67 anos. Ela reside com o irmão, Leopoldo, de 59 anos, que é portador de necessidade especial, em residência localizada na rua da Mangueira, na Vila Dom Luís, na área Itaqui-Bacanga, e ao lado há uma barreira, agora, coberta por lonas.

Na semana passada, a Defesa Civil esteve no local e colocou uma lona preta para evitar desmoronamento durante a chuva. Ela ainda disse que chegou a fazer a sua inscrição no programa do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida”, mas até o momento não foi beneficiada. “Gostaria muito de mudar desse local, mas não tenho condições financeiras de comprar outro imóvel”, declarou a moradora.
Jorge Lima, de 45 anos, outro morador, informou que durante o período de chuva do ano passado uma parte da barreira cedeu e acabou derrubando uma residência no local. “A casa caiu, mas não houve registro de ferido”, afirmou Jorge Lima.

Outra localidade da cidade onde pode haver ocorrências de deslizamentos no decorrer desta época do ano é o bairro Salinas do Sacavém, área do Coroadinho. Neste ponto, o terreno é íngreme e há várias casas. Maria da Assunção, de 34 anos, é uma das moradoras. Ela declarou que não tem onde morar com os seus filhos e no local existem diversas fendas.

No fim do ano passado, após pedido de concessão de tutela de urgência, da Defensoria Pública do Estado (DPE), a Justiça, por meio da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, determinou que obras emergenciais fossem realizadas no Sacavém e áreas adjacentes, em São Luís, consideradas áreas de risco.

Orientação
A Superintendência da Defesa Civil, que é vinculada à Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), começou neste mês a fazer o trabalho de orientação sobre o risco de morar em áreas de deslizamentos ou alagamentos. Inclusive, uma cartilha está sendo distribuída para a comunidade informando sobre como proceder em situação de risco.

Os moradores da Vila Cerâmica, polo do Bacanga, já receberam esse material e receberam a visita da Defesa Civil. Ainda no decorrer deste mês, as equipes devem visitar os outros bairros que fazem parte do eixo Itaqui-Bacanga, como o Anjo da Guarda, Alto da Esperança, Cajueiro, Cidade Nova, Argola e Tambor, Fumacê, Gancharia, Gapara, Itaqui, Jambeiro, Mauro Fecury I, Mauro Fecury II, Ilha da Paz, Sol Nascente, Piancó, Residencial Paraíso, Porto Grande, Residencial Resende, Rio dos Cachorros, Sá Viana, São Benedito, Vila Bacanga, Vila Maranhão, Vila Embratel, Vila Collier, Vila Isabel, Vila Nova e outros.

Mais

A Defesa Civil de São Luís mantém um monitoramento constante em 60 pontos considerados como de riscos na capital maranhense. Essas áreas estão localizadas em bairros como Coroadinho, Vila Palmeira, Eixo Itaqui-Bacanga, Centro Histórico, Zona Rural I e II, Cohama/Turu e a chamada Zona Costeira, que compreende o bairro São Francisco.

Moradores da área de encostam de barreiras estão com receio de tragédia durante chuva

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