Reforma

Obra no teto da rodoviária de São Luís está em ritmo acelerado

Pelo menos 85% da limpeza da tubulação do telhado, localizado na área interditada do terminal rodoviário, está concluída e os outros serviços foram iniciados nesta semana, inclusive, a troca de parafusos, chapas e calhas

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Obras de reforma na área interditada, no terminal rodoviário. está dentro do cronograma, em ritmo acelerado
Obras de reforma na área interditada, no terminal rodoviário. está dentro do cronograma, em ritmo acelerado (rodoviária)

Pelo menos 85% da limpeza da tubulação do telhado do Terminal Rodoviário de São Luís, localizado no bairro do Santo Antônio, está concluída. O objeto da obra fica na parte interditada no mês de abril do ano passado pela Defesa Civil. Ainda ontem, outros serviços como substituição dos parafusos, das chapas, calhas e também da troca das calhas velhas já haviam sido iniciados pelos operários. A obra de reforma do teto da rodoviária tem como responsável a Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico Ltda (Sinart), e teve início no dia 26 de novembro de 2019, com conclusão prevista no prazo de seis meses.

No local é possível observar os trabalhadores executando a obra na área com tapumes. Arnaldo Bêribá, que é o engenheiro da obra, informou que na terça-feira, 14, um total de 13 operários estavam executando os serviços.

O engenheiro ainda frisou que o serviço está sendo realizado em quatro etapas. A primeira é a limpeza dos tubos do teto e, em seguida, a troca dos parafusos, das chapas e a substituição das calhas, que sofreram erosão ao longo do tempo.

Ele também informou que somente a após a conclusão da obra da parte interditada, o serviço de reforma vai se estender para a outra parte do terminal rodoviário e, consequentemente, deve ocorrer mudanças no funcionamento do local, inclusive o desembarque. “A obra está andando de acordo com o cronograma previsto e atendendo todos os requisitos”, disse o engenheiro.

Reclamações
Vários pontos comerciais estão fechados desde a interdição do espaço, em abril. Outros donos de boxes, que estão localizados nas proximidades da área interditada, disseram que estão tendo prejuízos diários. Audinéia Silva, de 42 anos, é proprietária de uma das lanchonetes. “Antes da interdição da rodoviária, lucrava por dia em torno de R$ 400,00 a R$ 500,00 e, no momento, a venda é de menos de R$ 100,00”, lamentou.

Outra comerciante, Ivanice Santos, de 24 anos, disse que o seu lucro diário era de R$ 400,00 e caiu para R$ 100,00, e ressaltou que paga mensalmente, para a direção da rodoviária, mais de R$ 200,00. “O nosso lucro com a venda de comida caiu bastante, pois, após a interdição, a movimentação de pessoas é muito baixa”, frisou a vendedora.

Érika Nascimento, de 31 anos, que reside na Grande Ilha e estava de passagem para o município de Matinha, declarou que a obra deve ser acelerada para evitar mais transtornos, principalmente, para o turista que vem a capital maranhense pela primeira vez.

Decisão
No mês de novembro do ano passado, o desembargador Raimundo José Barros de Sousa determinou que a reforma do teto do Terminal Rodoviário de São Luís deveria ser realizado pela empresa baiana Sinart.

A decisão do magistrado ocorreu após a audiência de conciliação que aconteceu na Vara de Interesses Difusos e Coletivos, quando ficou acordado que a empresa vencedora na disputa judicial faria as obras na rodoviária, no dia 18 de novembro, prazo que foi estendido para o dia 25.

O objetivo era liberar a parte do prédio bloqueada com tapumes. A empresa RMC obteve resultado favorável em julgamento de agravo de instrumento no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ/MA), no dia 11 de novembro do ano passado.

Rodoviária
O Terminal Rodoviário de São Luís, no Santo Antônio, foi inaugurado em fevereiro de 1988 durante o governo de Epitácio Cafeteira. Antes, a antiga rodoviária funcionava no bairro Alemanha. As empresas de transporte intermunicipais e interestaduais possuem guichê no terminal. Aproximadamente, 20 empresas na rodoviária atuam para diferentes destinos e mais de 100 mil pessoas circulam por mês no local.

Nas dependências da rodoviária funcionam serviços de papelaria, táxi 24h, praça de alimentação, perfumaria, banca de revista, salão de beleza, posto policial, farmácias, lojas, estacionamento rotativo e caixas eletrônicos. No momento, a Sinart é responsável pela administração do terminal.

Saiba mais

Em julho do ano passado ocorreu uma reunião com os representantes da Defensoria Pública do Estado e do Governo do Maranhão em que foi apresentado um cronograma de obras da reforma da rodoviária, mas, até o momento, não foi concretizado. O início do serviço ficou previsto entre 20 a 30 dias e tendo a estimativa para conclusão de cinco meses.

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