Artigo

Harryxit ou Meghanxit?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

Certamente você, caro leitor, assim como eu, não nasceu e nem descende de uma monarquia como a de Windson, uma das mais ricas, longevas e midiáticas do mundo. Temos que trabalhar para pagar boletos, correto?

Como Donald Trump, que achou tempo entre uma bomba e outra no Oriente Médio, vou meter minha colher no quiproquó protagonizado pelo príncipe Harry, herdeiro da coroa britânica e Meghan Markle, Duque e Duquesa de Sussex, que após o Brexit (saída do Reino Unido da União Européia), criaram o seu próximo brexit, tornando-se o assunto do momento, bem melhor que as performances do despenteado Boris Johnson.

A americana, negra, atriz de Hollywood, divorciada, feminista, ativista, Meghan já está sendo apontada pela mídia inglesa como a nova Yoko Ono, que foi a protagonista do rompimento dos Beatles.

A grande discussão em tempos atuais, se ainda é viável um país moderno do ocidente sustentar, com luxo e opulência uma família perdulária como os Windson. Segundo levantamento de consultorias econômicas, a família gasta por ano menos de 25% do que movimenta com sua história, tradição e glamour.

Assim como o chá das cinco, o Big Ben, os ônibus de dois andares, os pubs, The Beatles, a Casa de Windson é patrimônio inglês. Até plebiscitos já foram feitos para saber se convém manter os gastos da família. Como nada é original no mundo, há precedentes para a decisão de Harry pedir o desligamento da família real; em 1936 o rei Eduardo VIII abdicou do trono para se casar com a atriz americana, também divorciada, Wallis Simpson. O comunicado de Eduardo VIII de renunciar ao trono foi feito pelo rádio em dezembro de 1936, a notícia de renúncia dos duques de Sussex foi em sua conta no Instagram, e pegou o Palácio de Buckingham de surpresa. Sua avó, rainha Elizabeth II não assimilou o golpe, e reuniu-se com o filho e herdeiro Príncipe Charles e o neto príncipe William. Quem deve está adorando essa história toda é Lady Di, mãe de Harry, que foi humilhada, escorraçada, após um divórcio atribulado com Charles. Assistir ao imperdível seriado “The Crown” é uma aula da realeza inglesa, com todos os ingredientes que temos em nossas famílias, só que com muito dinheiro, poder e glamour. Somos iguais em todos os lugares do mundo.

Segundo a imprensa local, que nunca nutriu qualquer simpatia por Meghan, e se refere a ela como “a divorciada”, Harry e Meghan Markle, decidiram abrir mão dos privilégios que têm como membros reais para viverem parte do tempo no Canadá e se tornar “financeiramente independentes”.

Como tudo são business, a pergunta é: será que o casal ficará pobre?

E como será a dura vida sem patrocínio? Harry herdou o equivalente a R$ 106 milhões da falecida mãe, Diana, e tem direito a outros R$ 13,3 milhões anuais de sua avó, a rainha Elizabeth, de um fundo usado para as despesas da realeza, que poderá ser cortado. Há ainda muitas dúvidas sobre os próximos passos: o casal vai abdicar dos títulos de nobreza? Uma pista das pretensões paradoxalmente plebeias do casal foi o fato de escolherem não dar a Archie Harrison, o filho nascido em maio, nenhum título de nobreza. Harry e Meghan estão em guerra com a família há tempos. São acusados de perdulários e antissociais. Segundo intrigas palacianas, ela teria afastado os irmãos, isolado e dominado Harry, que tem tem personalidade fraca.

A fila anda, Meghan já teria se mudado para Vancourver, Canadá, registrado a empresa Sussexroyal para gerenciar os futuros negócios, e aguarda a ida de Harry, onde dividirão o tempo entre a América do Norte e a Grã-Bretanha.

O casal tem tudo para ser os novos Kardashian, e ultrapassar os casais David e Victoria Beckram, Barack e Michelle Obama, e faturar muito dinheiro.

Especialistas em relações públicas preveem que o casal pode se tornar o casal de celebridades com o maior salário do mundo, ultrapassando US$ 1 bilhão em uma década.

Cá entre nós, vamos combinar, deve ser um saco viver em um ambiente cercado de tantas regras, normas, etiquetas; sempre tive uma curiosidade: Alguém tem flatulência no Palácio de Buckingham?

Luiz Thadeu Nunes e Silva

Engenheiro agrônomo, viajante e palestrante

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