Prevenção

Vírus Zika está de volta, alerta Ministério da Saúde

Cuidados especiais com crianças e gestantes e os repelentes mais eficazes contra o mosquito estão entre as dicas; o Ministério da Saúde também recomenda a limpeza de calhas durante a semana e a cobertura dos reservatórios de água e piscinas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Águaparada em locais descobertos deve ser eliminada para evitar os focos do mosquito Aedes
Águaparada em locais descobertos deve ser eliminada para evitar os focos do mosquito Aedes (Divulgação)

BRASÍLIA - Com a chegada do calor e das chuvas é necessária atenção especial ao ciclo de reprodução do mosquito Aedes aegypti, de acordo com o Ministério da Saúde, após as epidemias do vírus Zika e Chikungunya no Brasil, que puseram o país em estado de alerta em 2016.

Dessas, a Zika chama atenção por ainda ser considerada uma “doença misteriosa”, com danos a longo prazo e muitos estudos que ainda desvendam seus efeitos, o que torna sua prevenção ainda mais urgente.

Acabar com os focos dos mosquitos vetores (locais de água parada) e usar repelente para evitar a picada são as duas medidas básicas para garantir a segurança. Apesar de parecer simples, existem dicas importantes para evitar “falhas” nessa proteção e garantir a saúde da sua família.

Eliminar os pontos de água parada deve ser prioridade, uma vez que são esses os possíveis focos de reprodução do mosquito. Isso inclui vasos de plantas, que às vezes ficam com água acumulada no prato, potes de água de animais domésticos, garrafas, e até poças de água da chuva no quintal ou na calçada. Privadas sem tampa também podem ajudar na proliferação – é sempre preferível deixá-las com a tampa abaixada.

O Ministério da Saúde também recomenda a limpeza de calhas durante a semana e a cobertura dos reservatórios de água e piscinas, a não ser que eles sejam devidamente clorados, já que o cloro impede a reprodução do mosquito.

Gestantes: mais cuidado

O Zika vírus pode afetar a saúde dos adultos e merece atenção em qualquer idade, mas são os fetos que necessitam de um olhar mais atento nesse caso, já que - caso contaminados através da mãe - podem sofrer sérios danos neurológicos como a microcefalia .

Por isso, existem algumas práticas de prevenção que devem ser seguidas durante a gravidez nesta época do ano: existem estudos que apontam que a Zika pode ser transmitida sexualmente e, por isso, é fundamental usar camisinha durante toda a gestação; embora possa parecer um desafio no verão, o uso de tecidos que cobrem a maior parte do corpo deve ser um hábito durante a gestação, principalmente durante o dia proteger a pele das picadas de inseto é fundamental e torna-se mais fácil com o uso de repelentes. Vale lembrar, porém, que deve-se ficar atenta à qualidade e durabilidade do produto.

Uso do repelente

De acordo com o médico dermatologista Caio Lamunier, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), outro ponto importante na prevenção contra o Zika vírus é que, embora exista de fato uma variação na eficácia dos repelentes industrializados, o que mais deve ser levado em conta é a durabilidade da ação na pele.

“O mercado de repelentes oferece diversas opções: produtos à base de DEET, IR3535 e icaridina protegem contra todos os tipos de mosquitos de maneira semelhante, mas esse último de fato protege por mais tempo, o que faz uma diferença principalmente durante o período do sono”, diz.

O médico também pontua que, dentre as muitas opções de textura do produto, a versão em gel pode ser mais segura. “No caos do gel, a maneira de aplicação é mais eficaz e você inala menos produto, que acaba sendo tóxico”, diz.

Outra dica que maximiza a eficácia do produto é prestar muita atenção na aplicação: ”quando na versão spray, o produto deve ser aplicado na pele e também por cima da roupa, para evitar picadas através do tecido. Já na versão em gel, o ideal é passar em todo o corpo por baixo da roupa, evitando apenas partes do corpo com mucosas, como olhos, boca e genitais”.

Por último, Lamunier também oferece uma dica valiosa contra Zika : o uso de ar condicionado pode ser um aliado na prevenção contra as doenças, uma vez que o mosquito vetor não gosta de ambientes com temperaturas mais baixas.

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