Editorial

Indicadores de mercado de trabalho

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

Os dois indicadores do mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentaram melhora em dezembro de 2019, em relação ao mês anterior. O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar tendências do mercado de trabalho com base na opinião de consumidores e de empresários da indústria e dos serviços, cresceu 1,5 ponto.

Com isso, o Iaemp atingiu 89,9 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Esse é o maior patamar do indicador desde abril de 2019 (92,5 pontos).

Segundo o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler, as expectativas para o mercado de trabalho se tornaram mais favoráveis no último trimestre, mas seguem em um patamar ainda baixo, o que mostra que “há um longo caminho pela frente”.

Outro índice da FGV é o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que busca mostrar a opinião dos consumidores sobre a situação atual do desemprego. O ICD, que é medido em uma escala invertida de zero a 200 pontos (em que a pontuação maior é mais negativa), caiu 0,8 ponto, para 95,3 pontos. Segundo Tobler, apesar da melhora, o ICD não se recuperou da alta do mês anterior.

A Sondagem de Expectativas do Consumidor é uma pesquisa mensal que gera indicadores a partir do sentimento do brasileiro residente nas sete principais capitais do país a respeito de temas como a situação econômica local, situação financeira das famílias, emprego, intenção de gastos com bens duráveis, etc. O tema “emprego” abrange perguntas sobre a situação presente e futura do mercado de trabalho. O IAEmp inclui os resultados obtidos na pergunta em que o consumidor revela suas expectativas para os meses seguintes em relação ao mercado de trabalho na cidade em que reside.

O indicador da Sondagem do Consumidor obtido a partir da pergunta sobre a situação futura do mercado de trabalho é construído a partir dos dados desagregados de sete das principais capitais do Brasil, conforme listadas abaixo: Belo Horizonte; Brasília; Porto Alegre; Recife; Salvador; Rio de Janeiro; São Paulo.

Os indicadores para cada uma das capitais são ajustados sazonalmente e expressos como desvios em relação à tendência de longo prazo através da extração da tendência estimada. Os indicadores são agregados usando-se pesos gerados pela Análise dos Componentes Principais (ACP) - PCA, do inglês, Principal Components Analysis - para formar o Indicador de Emprego Futuro Local da Sondagem de Expectativas do Consumidor.

A ACP é uma técnica estatística multivariada que consiste em transformar um conjunto de variáveis em outro conjunto de variáveis de mesma dimensão denominadas de componentes principais. Está associada à ideia de redução de massa de dados com a menor perda possível da informação. Cada componente principal é uma combinação linear de todas as variáveis originais. São independentes entre si e estimados com o propósito de reter o máximo de informação - em termos da variação total contida nos dados. O método separa a informação importante da redundante e aleatória.

O Indicador Antecedente do Emprego também inclui seis séries das Sondagens Empresariais: três da Sondagem da Indústria e três séries da Sondagem de Serviços.

A Sondagem da Indústria de Transformação fornece, mensalmente, indicações sobre o estado geral da economia e suas tendências, podendo orientar decisões empresariais e de política econômica. A pesquisa abrange quesitos que tratam do presente e do futuro próximo. Os dados são agregados a partir de 21 gêneros industriais. Nos estudos, visando à elaboração do IAEmp, foram testadas diferentes formas de agregação a partir de 14 subsetores.

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