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Histórias do surf na Ilha

Documentário, em fase de gravação, pretende resgatar a trajetória do esporte e seu entorno; previsão de estreia é para o segundo semestre deste ano

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
O sufista e publicitário Marcelo Vasconcelos durante as filmagens de seu documentário
O sufista e publicitário Marcelo Vasconcelos durante as filmagens de seu documentário (Marcelo Vasconcelos - surf)

São Luís - Resgatar a história do surf no Maranhão, desde a chegada do esporte no estado, no final dos anos 1970 até a década de 1990 é o objetivo de um documentário que está sendo filmado em São Luís e que tem previsão de estreia para o segundo semestre deste ano. Capitaneado pelo surfista e publicitário Marcelo Vasconcelos, que viveu de perto as agruras e sucessos do movimento na Ilha, o projeto, ainda sem título, segue na etapa de gravações de depoimentos.

A ideia do publicitário, que assina a direção geral, de fotografia e o roteiro da produção, é registrar, no longa-metragem, personalidades, atletas e incentivadores do esporte, bem como toda a cadeia produtiva que girava em torno da modalidade. Desta forma, com o trabalho, conta também parte da história da cidade, da cultua de praia ludovicense, revivendo uma cidade geograficamente bastante diferente da atual.

“Comecei a pensar neste projeto há cerca de quatro anos, depois da morte de Mauro Aranha, que foi um grande incentivador do esporte no Maranhão. Vi que não podíamos deixar de resgatar essa história, de onde começou e até onde chegou porque percebo que hoje as pessoas veem de forma muito romantizada, mas não foi bem assim, fazíamos tudo com muito esforço, com dinheiro do nosso próprio bolso”, diz Marcelo Vasconcelos que ocupou, durante 10 anos, a presidência da Associação de Surf Maranhense (ASM), que reunia os esportistas no estado.

Segundo ele, o número de pessoas entrevistadas para o documentário está entre 48 e 55 e o tempo de duração do longa deve ser em torno de uma hora e meia. A intenção do diretor é fazer o lançamento em cinemas da cidade e em seguida, disponibilizar a produção para canis de esporte e também na internet.

Marcelo Vasconcelos explica que toda a produção está sendo feita com recursos próprios. “Estamos com o projeto para ser avaliado para ver se conseguimos aprovação na Lei de Incentivo à Cultura do Governo do Estado. Enquanto isto não acontece, estamos fazendo o trabalho muito com base nas amizades e também na vontade que muitas pessoas têm em ajudar a contar esta história”, assegura ele ressaltando que conta com o apoio da Track Motion, MB Filmes e Paulo Adachi Produção Musical. Após finalizadas as etapas de gravação, o filme seguirá para edição, que será feita no Piauí e a sonorização, na Bahia.

Arquivos

Além dos depoimentos, o documentário vai reunir um robusto acervo iconográfico composto por fotografias, filmagens e cartazes da época. Na fase atual, já foram digitalizados cerca de 2.900 documentos, alguns cedidos pela TV Mirante, outros saídos das páginas de O Estado.

Entre as fontes de pesquisa estão ainda acervos pessoais de atletas e personalidades que estarão no longa bem como jornais e revistas antigos preservados na Biblioteca Pública Benedito Leite. “Tenho garimpado imagens raras, mesmo diante da dificuldade que é localizar estas fotografias, visto que naquela época tirar fotos não era uma coisa tão banal como é hoje”, destaca Marcelo Vasconcelos que, ao longo do documentário, promete algumas surpresas para quem viveu aquela época.

Aliás, um dos pontos fortes do trabalho será despertar a memória afetiva daquelas gerações que dedicaram boa parte de sua juventude a estruturar o esporte na capital. Para isto, não mediram esforços investindo dinheiro e tempo participando e organizando campeonatos e competições e, assim, sedimentando a estrada do esporte que teve seu ápice entre os anos de 1989 a 1992.

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