Previsão

Período chuvoso tem antecipação e será mais extenso este ano em todo o MA

De acordo com o Laboratório de Meteorologia da Uema, em janeiro são esperados 244 milímetros de chuva para São Luís; no ano passado, índice superou expectativas; nesta segunda-feira, 6, forte chuva gerou transtornos na Ilha

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

[e-s001]Desde o dia 1º de janeiro, as chuvas estão sendo constantes no Maranhão, até mesmo na Região Sul, onde as temperaturas costumam ser elevadas, especialmente na estação seca. De acordo com o Laboratório de Meteorologia (Labmet), do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), o período chuvoso já se iniciou no estado, ou seja, foi antecipado, uma vez que, historicamente, começa em fevereiro. O encerramento será em julho. Para este mês, a média climatológica é de 244 milímetros (mm) na Região Metropolitana de São Luís.

O professor Gunter de Azevedo Reschke, chefe do Labmet, disse a O Estado que, pela intensidade das chuvas que estão caindo na Grande Ilha, tudo indica que janeiro ficará dentro da média climatológica de 244 mm. De acordo com declarações do meteorologista, esse padrão deve ser menor que o de fevereiro, que deve se encerrar com 383 mm.
“Desde outubro do ano passado, estamos falando sobre esse período chuvoso de 2020, que será bastante significativo”, expressou Gunter de Azevedo. Ele esclareceu que a estação seca já foi encerrada em todo o Maranhão.

Zona de convergência
Conforme o chefe do Laboratório de Meteorologia da Uema, um fenômeno que inaugura o período chuvoso no Maranhão é a Zona de Convergência, que se movimenta pelo Hemisfério Sul da Terra por causa da temperatura da superfície do mar no Oceano Atlântico Sul. Esse sistema meteorológico é responsável por uma estação prolongada de chuva frequente e volumosa em boa parte do Brasil, que fica marcado pelo fluxo de umidade.

“Esse fenômeno favorece o deslocamento dessa faixa mais para o Sul. Aproximadamente, 70% das chuvas que caem no Maranhão são oriundas dessa Zona de Convergência”, explicou o professor. Importante destacar que existem a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que são dois sistemas meteorológicos típicos do verão no Brasil.

Eles são responsáveis por uma grande porção do volume de chuva que ocorre durante um ano na maioria das áreas do Norte, do Nordeste, do Centro-Oeste e do Sudeste. A ZCAS traz a chuva volumosa para o Sudeste e para o Centro-Oeste. A ZCIT é responsável pela maior parte da chuva anual do Nordeste e do Norte do Brasil.

[e-s001]Chuvas intensas
Nesta segunda-feira, 6, caiu em São Luís uma forte chuva no início da tarde. Vários transtornos foram registrados na capital por causa do fenômeno. Em alguns pontos, ocorreram alagamentos, como nos bairros Coroado, São Francisco, Coroadinho, Sacavém e Anil. Na Avenida Litorânea, a pista ficou repleta de água, que quase cobriu os pneus dos veículos.

Além dos alagamentos, também foram registrados vários engarrafamentos. Na Avenida Beira-Mar, o trânsito ficou lento por causa da visibilidade dos motoristas, que encontraram dificuldades ao trafegarem durante a chuva.

Problemas em feira
Devido às primeiras chuvas de janeiro deste ano, tendas montadas na Feira da Cohab e Praia Grande foram danificadas. Em alguns boxes, a estrutura, que é composta de ferro, desabou em cima das bancas, o que prejudicou os feirantes.

Na Cohab, os vendedores disseram que o problema começou porque a água ficou acumulada em cima das barracas depois que choveu durante quase todo o dia 31 de dezembro de 2018. No momento em que o teto de algumas barracas desabou, ninguém se machucou. A estrutura caiu no local onde os feirantes foram remanejados por conta da reforma da feira, que começou em outubro do ano passado para a construção do novo Mercado da Cohab.

Na Praia Grande, a lona de uma das tendas que cobrem as barracas para venda de produtos dos feirantes, cedeu. As barracas estão posicionadas na rua em razão da reforma do Mercado das Tulhas.

A Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa) informou que os reparos estão sendo feitos nos locais. O órgão comunicou que a reconstrução do Mercado da Cohab segue em plena execução, assim como a obra do Mercado das Tulhas, como parte do pacote de obras do Programa São Luís em Obras.

[e-s001]SAIBA MAIS

O início do período chuvoso de 2019 teve números bem superiores ao previsto historicamente. De acordo com dados repassados pelo Núcleo Geoambiental, as chuvas de janeiro superaram em 62% a quantidade prevista. A média histórica é de 244,2 milímetros para o mês, mas em 2019 chegou a 393,4 milímetros, apenas na capital. O número superou o mês de janeiro de 2018, quando foram registrados 332,7 milímetros nos 31 dias. Em fevereiro, os valores superaram em pouco mais de 5% a média histórica de 373 milímetros, sendo contabilizados em 2019 o número de 379,2 milímetros.

NÚMEROS

244,2 mm é a expectativa de precipitações para o mês de janeiro deste ano, em São Luís, conforme o Labmet
393,4 mm foi a média de precipitações no mês de janeiro de 2019, em São Luís, conforme o Labmet
373 mm é a expectativa de precipitações para o mês de fevereiro deste ano, em São Luís, conforme o Labmet
379,2 mm foi a média de precipitações no mês de fevereiro de 2019, em São Luís conforme o Labmet
2.500 mm foi a média total de precipitações durante todo o ano de 2019, em São Luís, conforme o Labmet

Período chuvoso é antecipado e será mais extenso este ano

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.