Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

Fumaça e fogo cruel

Longe de ser qualquer justificativa para as inaceitáveis queimadas na Amazônia, mas para ter uma dimensão dos incêndios florestais na Austrália, pode-se dar três números que falam tragicamente por si: 1) Os incêndios já consumiram uma área de floresta seis vezes maior do que os incêndios na Amazônia em 2019; 2) Dezoito pessoas morreram e dezenas de milhares tiveram de ser evacuados para o litoral; 3) Meio bilhão de animais nativos foram mortos. Nas palavras do escritor australiano Richard Flanagan, a Austrália é hoje o marco zero na catástrofe climática.

COM UMA reunião surpresa, em seu belo apartamento na Península da Ponta d´Areia, Cíntia Klamt Motta reuniu um pequeno grupo de amigos no segundo dia do ano para comemorar com um festival de pizzas deliciosas os 72 anos do marido, arquiteto e artista plástico Fernando Motta. Noite embalada pelos grandes e emocionantes sucessos do maior fenômeno do showbizz internacional da atualidade, o jovem cantor Dimash Kudaibergen (dono de um alcance vocal único no mundo), do Casaquistão. São vistos na foto, além de Cíntia e Fernando Motta e este Repórter PH, Ricardo Gonçalves Silva e Márcia Paz, Felipe Klamt com a namorada Silvana e a filha dele, Gabriela, mais Ivani e Genésio Bertrand
COM UMA reunião surpresa, em seu belo apartamento na Península da Ponta d´Areia, Cíntia Klamt Motta reuniu um pequeno grupo de amigos no segundo dia do ano para comemorar com um festival de pizzas deliciosas os 72 anos do marido, arquiteto e artista plástico Fernando Motta. Noite embalada pelos grandes e emocionantes sucessos do maior fenômeno do showbizz internacional da atualidade, o jovem cantor Dimash Kudaibergen (dono de um alcance vocal único no mundo), do Casaquistão. São vistos na foto, além de Cíntia e Fernando Motta e este Repórter PH, Ricardo Gonçalves Silva e Márcia Paz, Felipe Klamt com a namorada Silvana e a filha dele, Gabriela, mais Ivani e Genésio Bertrand

Uma estrela
O general iraniano Qassem Soleimani, 62 anos, morto na última sexta-feira, num ataque dos Estados Unidos, era muito mais do que um general. Comandava desde 1998 a Força al-Quds, dos Guardas da Revolução, responsável pela ação militar no estrangeiro e pelas operações clandestinas. Foi o principal estrategista da irradiação iraniana no Oriente Médio. Redesenhou os cenários geopolíticos da região. Era o segundo homem mais poderoso do Irã, a seguir ao ayatollah Ali Khamenei. Com a guerra síria, tornou-se
uma estrela da mídia.
Um veterano agente da CIA, John Maguire, definiu-o como “a personalidade operacional mais poderosa no Oriente Médio”. O seu assassinato pelos EUA é um forte golpe no Irã. E ameaça ser o detonador de uma escalada imprevisível no conflito entre os Estados Unidos e o Irã.

Carismático
Personagem carismático, Soleimani apareceu ligado a todos os movimentos xiitas e pró-iranianos.
A sua projeção como figura internacional aconteceu a partir de 2011, com a deflagração da guerra civil e regional na Síria.
Admiradores e detratores concordam num ponto: o general foi o homem que mais contribuiu para a influência iraniana no Oriente Médio, em particular na Síria e no Iraque, passando pelo Líbano e o Iémen. Ao mesmo tempo, era uma das personalidades mais populares no Irã.

Um espectro
O analista Kenneth Pollack, antigo agente da CIA, escreveu na Time, para justificar a sua inclusão na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2017: “Para os xiitas do Oriente Médio, é um misto de James Bond, Erwin Rommel e Lady Gaga.”
O certo é que já lhe chamaram “ladrão de cabras” na sua juventude, agora temem-no como um espectro que assombra os campos de batalha. Desta vez morreu mesmo, vítima de um míssil dos Estados Unidos, num assassinato que pode reacender a guerra no Oriente Médio.

Olhos no futuro
O presidente dos Estados Unidos só tem olhos para duas coisas: as eleições de novembro e a ameaça de impeachment. Todos os seus pensamentos e atos são motivados pelo desafio da sobrevivência política.
Ao ordenar o assassinato do general Soleimani, em Bagdá, Donald Trump deu o primeiro – e violento – soco em uma briga que, até então, era essencialmente verbal. Agora, só o que importa é a resposta. Se ela não vier, Trump venceu. Se for tímida, Trump venceu. Se for igualmente ou mais violenta, Trump tem certeza de que vencerá.

Saíram
Este será o ano da torcida dos suplentes. Em 2016, elegeram-se e deixaram a Câmara 21 deputados federais: 17 assumiram como prefeitos e quatro como vice-prefeitos.
Foram seis do PMDB; quatro do PSDB; dois do PP; dois do PT; dois do PTB; dois do PR; um do DEM; um do PRB e um do PTN.

Juiz de Garantias
Caiu na mesa do ministro Luiz Fux, vice-presidente do STF, a ação proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros e a Associação dos Juízes Federais do Brasil.
Trata-se de uma ação direta de inconstitucionalidade contra a criação do juiz das garantias, uma invenção de senadores e deputados encrencados com a Justiça e seus aliados, que buscam uma instância adicional.
As entidades pedem que a Suprema Corte declare a medida inconstitucional e solicitam a suspensão da criação do juiz das garantias.
O ministro Luiz Fux, sorteado relator da ação, é o único magistrado de carreira – concursado – dentro do STF.
Por outro lado, um grupo de 43 juízes e sete desembargadores federais divulgou um manifesto, quinta-feira, em apoio à figura do juiz das garantias, esse tópico extravagante que integra a nova lei federal.

Na passagem de ano, este Repórter PH recebeu a visita de Michael Wesley, mais novo fenômeno da música sertaneja no Nordeste, que brilhou nos réveillons da cidade
Na passagem de ano, este Repórter PH recebeu a visita de Michael Wesley, mais novo fenômeno da música sertaneja no Nordeste, que brilhou nos réveillons da cidade

TRIVIAL VARIADO

Déia e Luis Campos Paes foram vistos no último dia do ano que findou almoçando no excelente Frango de Ouro, onde também pontificavam Nair e Dr. Lages Neto, Ana Lúcia e Amaro Santana Leite, entre outros.

No primeiro domingo do ano, o mesmo casal, com a filha Isabella, que faz doutorado em São Paulo, foi visto no Alameda Trinta. Pura coincidência: Amaro e Ana Lúcia também pontificaram por lá.

Por falar em Alameda, também foram vistos ali no almoço de domingo, Elildes e Fernando Belfort. Em outra mesa, o jovem casal Michele (nascida Adler) e Flávio Carvalho.

Amparo Meneses Costa, no vigor de seus bem vividos 80 anos saudou a chegada do Ano Novo em Barreirinhas, reunida com filhos e netos e curtindo as belezas paradisíacas dos Lençóis Maranhenses.

Hoje é dia de festejar a nova idade de Teresa Murad Sarney e Glorinha Holanda. Amanhã será a vez de Fernando Sarney, Manoel Ribeiro e Lydia Moraes Correia.

Luiz Carlos Cantanhede Fernandes viaja com toda a família, esta semana, para Barreirinhas. E aproveita para comemorar a nova idade de sua amada Melina Sereno Fernandes, que muda de idade no dia 9.

Teresa Martins já está a todo vapor elaborando a lista de convidados para o Almoço do PH Revista em clima de Carnaval, que está programado para o dia 15 de fevereiro, no Palazzo Eventos.

Thatiana e César Bandeira desembarcaram ontem na cidade, após passarem o Réveillon no Casino Estoril, em Portugal. Hoje estão sendo espetados Cida e José Aparecido Valadão, Ana Elvira e José Benedito Buhatem, seus companheiros de viagem.

DE RELANCE

Ano bissexto
Independente de ser um ano bom ou ruim, 2020 vai demorar mais a passar. O ano é bissexto, tem 366 dias — o dia 29 de fevereiro a mais, excepcionalmente. O fenômeno, que ocorre de quatro em quatro anos, será o quingentésimo quarto (504ª) da Era Comum. O ajuste foi criado pelos romanos na época do imperador Júlio César para adequar o calendário ao tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol.

Ano bissexto 2
A translação (volta ao redor do Sol) não é feita em exatos 365 dias, mas sim em 365 dias, cinco horas, 48 minutos e 46 segundos. Essa fração de tempo é arredondada para seis horas e é compensada no ano bissexto, já que seis horas, em quatro anos, são 24 horas, ou seja, mais um dia.

Ano bissexto 3
Convencionou-se o acréscimo de um dia ao mês de fevereiro, sendo o 29º dia, auge do inverno no Hemisfério Norte e do verão no Hemisfério Sul – explicam os astrólogos. Segundo eles, a década que se inicia com a repetição de dois números (2020) num ano bissexto aumenta a mística e torna o ano “ainda mais exótico”, mas não merece predições negativas.

Ano bissexto 4
Apesar de 29 de fevereiro ser mais episódico que os demais dias do calendário, as pessoas nascidas nesta data devem ter o dia exato na certidão de nascimento, feita a partir da Declaração de Nascido Vivo (DNV), emitida por profissional de saúde responsável pelo acompanhamento da gestação, do parto ou do recém-nascido, inscrito no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES ou no respectivo Conselho profissional. Conforme a Lei nº 12.662/2012, a DNV deverá conter nome e prenome do indivíduo; sexo, dia, mês, ano, hora e município de nascimento. Se a data for alterada é falsidade ideológica.

Falta coragem
No Brasil, governantes perdem a noção dos gastos, não pagam o que devem e se atiram nas cordas porque os bens públicos são impenhoráveis. Do outro lado do balcão, fornecedores não protestam os títulos pendentes com receio de perder futuros fornecimentos. Assim anda a carruagem… Se tivéssemos senadores e deputados federais com mais coragem, surgiria projeto para alterar o que preveem os Códigos Civil e de Processo Civil. A impenhorabilidade seria mantida, mas provocaria forte discussão, disso não há dúvida. O barulho talvez despertasse alguns gestores.

O Papa e o tapa
Decididamente, o Papa não tem a paciência de Jó, personagem bíblico que passou à história do Cristianismo como exemplo supremo de aceitação e tolerância. Nenhum de nós, humanos, temos essa virtude imaculada. Que atire a primeira pedra no pontífice quem nunca teve o seu instante de exasperação. Claro que pouquíssimos habitantes deste planeta redondo têm a visibilidade do Papa, de quem sempre se espera uma conduta edificante. Só que não: às vezes, ele reage como os demais mortais. Não são muitos, porém, que reconhecem seus erros e pedem desculpas publicamente, como fez o líder católico.

Descartes
Li, sem sobressaltos, as notícias sobre as toneladas de lixo deixadas nas praias durante as festas de fim de ano. Tempos atrás, os dedos estariam apontados para as prefeituras. “Faltam lixeiras”, eu diria, cheio de razão. As coisas mudaram, ainda bem. Durante as Olimpíadas de Londres, em 2012, um amigo meu que depois se juntou ao nosso grupo em Paris, comprou uma garrafa plástica de água enquanto andava pela rua. Terminou de beber e passou a procurar um local apropriado para descartá-la. Andou várias quadras, na região central da cidade. Nada. Concluiu que era pelo medo do terrorismo. Uma bomba poderia ser colocada em uma lixeira.

Descartes 2
De volta ao hotel, esse amigo conta que comentou com um amigo britânico. Sem perder a fleuma, ele lhe explicou que a ausência dos equipamentos tinha, de fato, outras motivações. “Deixemos que cada um cuide do seu lixo”, disse. Tudo fez sentido. Meu amigo compreendeu, definitivamente, que o lixo em lugares públicos não é causado pelos governos, mas sim por nós. Produzir menos lixo e assumir responsabilidade por ele. Esse é o futuro, para que haja um futuro.

Para escrever na pedra:
“Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém... Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim... E ter paciência para que a vida faça o resto...” De William Shakespeare.

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