Mercado de trabalho

Estado fechou 856 postos de trabalho no setor turístico

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base em dados do Caged, mostram ainda que em 12 meses (outubro de 2018 a outubro de 2019) registrou-se a perda de 821 vagas no estado

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Dentre os nove estados nordestinos, somente Piauí e Paraíba revelaram saldo do emprego no turismo positivo
Dentre os nove estados nordestinos, somente Piauí e Paraíba revelaram saldo do emprego no turismo positivo (turismo)

O Maranhão foi o terceiro estado no Nordeste que mais perdeu emprego no setor de turismo este ano, tendo eliminado 856 postos de trabalho - ficou atrás do Ceará (-2.291) e Bahia (-1.762) - segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Os dados levantados pela CNC mostram ainda que em 12 meses (outubro de 2018 a outubro de 2019) registrou-se a perda de 821 postos de trabalho no Maranhão.

Dentre os nove estados nordestinos, somente Piauí e Paraíba revelaram saldo do emprego no turismo positivo, na comparação entre os dois intervalos. Por outro lado, o desemprego destacou-se sobretudo no Maranhão, Ceará e Pernambuco.

No entanto, de um modo geral, o turismo brasileiro gerou 24.902 novos empregos formais nos 12 meses encerrados em outubro de 2019, com aumento de aproximadamente 330% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores (encerrados em outubro de 2018).

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o resultado da análise reflete a recuperação do setor, em sintonia com a melhora gradual da economia do país. “Grande parte do bom desempenho do mercado de trabalho do turismo, acentuado no segundo semestre deste ano, reflete a estabilidade de preços, com a inflação em declínio, a diminuição das taxas de juros e o impacto favorável da liberação do FGTS sobre o consumo, além da estabilidade do dólar na maior parte do período”, afirma Tadros.

Somente no mês de outubro, o turismo brasileiro gerou 1.630 novos postos de trabalho formal, totalizando um estoque de 2.962.951 trabalhadores nos serviços turísticos. Do total de 39.178.133 empregados registrados com carteira assinada em todas as atividades produtivas no mês, de acordo com o Caged, o estoque dos alocados no turismo correspondeu a 7,6%.

Quanto à distribuição da ocupação, ainda em outubro, as atividades de Hospedagem e Alimentação concentraram mais de 1,9 milhão de empregados, cerca de 66,1% do contingente de trabalhadores no setor, seguidas de Transporte de Passageiros, com 833,2 mil, aproximadamente 28,1% do total. As atividades de Cultura e Lazer e Agentes de Viagens representaram, juntas, 5,7%.

Para Alexandre Sampaio, diretor da CNC que coordena o Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), “a evolução do emprego nas atividades típicas do turismo associa-se, com muita ênfase, à demanda de serviços relacionados ao lazer fora de casa, em especial, às refeições em restaurantes e similares”.

No período de janeiro a outubro de 2019, o saldo de empregos no setor de turismo, ainda segundo o Caged, foi de 15.563 vagas, pouco mais de 271% acima do resultado do mesmo período em 2018, quando foram criados 4.189 novos empregos.

Segundo o economista da CNC responsável pela pesquisa, Antonio Everton, o emprego do turismo tem sido influenciado também pelo aumento da demanda das atividades ligadas aos serviços tradicionais de cultura e lazer, assim como de transporte aéreo: “Como as atividades dos serviços turísticos são intensivas de mão de obra, o incremento seguramente tem ligação direta com o aumento das vendas”

Mais

Regional
O destaque entre as regiões, no comparativo mensal entre outubro e setembro, foi a geração de postos de trabalho no Sul (+1.977), puxado por Santa Catarina (+1.032). A Região Norte também criou postos de trabalho (+391), graças ao desempenho das atividades turísticas no Pará (+181) e no Amazonas (+169).

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