Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

Dinheiro sim, no Ano-Novo

Uma pesquisa promovida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas na antevéspera da virada do ano revelou que os brasileiros fariam mais simpatias para ganhar dinheiro do que para encontrar um amor ou para outros propósitos menos votados, como pagar dívidas, conseguir emprego, emagrecer, comprar um carro ou curar uma doença. Confesso que fiquei um pouco chocado com a constatação, pois sempre defendi uma tese que faz parte até de letra de música sertaneja: “O importante é saúde e paz, do resto a gente corre atrás”.

FESTAS são celebrações e isso normalmente inclui brindes. Nesta hora, não há tempo de pensar no mal menor. Se for o caso, permita-se ao menos uma taça de champagne para saudar o novo ano que começa agora. Feliz 2020!
FESTAS são celebrações e isso normalmente inclui brindes. Nesta hora, não há tempo de pensar no mal menor. Se for o caso, permita-se ao menos uma taça de champagne para saudar o novo ano que começa agora. Feliz 2020!

Quem deve
A maioria dos governos estaduais entra em 2020 tentando recolher, tardiamente, a pandorga à qual foi dada linha em demasia.
Subiu, escapou das mãos que supunham controlar.
Pandorga pode ser a imagem que corresponde à dívida pública.
Até a metade de janeiro, o Ministério da Economia divulgará quanto devem.
Não ficará abaixo de 1 trilhão de reais.
A propósito: a história do setor público, desde o tempo do Império, resume-se na expressão austeridade relaxada.
Os donos do poder sempre acharam que haveria idealistas em número suficiente para suprir a falta de dinheiro.
Bastaria aumentar os impostos.

Dentro e fora do turbilhão
O ministro Dias Toffoli passou a ser presidente do Supremo Tribunal Federal a 13 de setembro de 2018.
Dezesseis dias antes, o ministro João Noronha assumiu o mesmo cargo no Superior Tribunal de Justiça.
O primeiro está na vitrine, aparece mais, é elogiado e contestado sem parar.
Suas decisões se tornaram objeto de discussões até em botecos de fim de linha.
Noronha entra no noticiário muito raramente, mas o que diz se sobressai: “O Brasil precisa combater seriamente a criminalidade, combater a corrupção, se é preso antes ou depois é um detalhe. O que é mais importante é o Brasil investir pesadamente numa modificação do seu sistema recursal, fazendo com que o processo no Judiciário dure bem menos.”

Momentos de tensão
A passagem de 1999 para o ano 2000 foi de intensa preocupação com o possível bug, palavra que significa falha, erro de lógica na concepção de um software.
O assunto mobilizou atenções por meses e provocou a montagem de um verdadeiro esquema de guerra.
Enquanto milhões de pessoas festejavam na noite de 31 de dezembro, milhares integravam equipes de plantão, organizadas em várias áreas estratégicas para
evitar problemas.
Em 1º de janeiro de 2000, o temido bug não aconteceu. Nenhum míssil foi disparado acidentalmente, os centros nucleares funcionaram sem anormalidades, assim como as telecomunicações. Não houve falta de energia e quem quis pôde retirar dinheiro nos caixas eletrônicos.
Acredita-se que hoje não será diferente.

Para liquidar
Delfim Netto transitou com todos os poderes durante o regime militar e ainda se tornou conselheiro informal do ex-presidente Lula. Agora, faz falta na Câmara dos Deputados. Em relação a pronunciamentos sem eira nem beira na tribuna, usaria uma de suas frases famosas no microfone de apartes:
“Vossa Excelência, um dia é liberal que não acredita no liberalismo. No outro, um marxista que não leu Marx.”
O plenário ficava em silêncio para ouvir a reação. Constrangido, o orador avisava ao presidente da mesa diretora que o pronunciamento estava encerrado e não aceitaria provocações.

Ginástica Artística
A partir do dia 6 de janeiro, tem novidade na Ginástica Artística da Academia Viva Água, localizada no Renascença II. É que a modalidade passará a ser comandada pela equipe da CWB Ginástica.
A CWB Ginástica tem sede em Niterói (RJ) e é reconhecida em todo o Brasil pela vasta experiência técnica nesse esporte, bastante requisitado na Viva Água. Certamente, o entusiasmo dos alunos aumentará.

TRIVIAL VARIADO

Alguns dos que concorrerão às prefeituras pretendem demonstrar que estão preparados para administrar a escassez. Outros acham que será perda de tempo. Acreditam e têm razão: por falta de informações e transparência, a maioria dos eleitores não acredita que exista crise financeira.

Foram poucos os políticos que incluíram entre seus planos de 2020 se empenhar pelo pleno emprego no Estado e no País. Dá muito trabalho…

Ao fazerem a avaliação do ano, no encerramento de sessões plenárias, vereadores, deputados e senadores repetiram a célebre frase: “Este foi um ano ímpar.”

A cada fim de ano, repete-se a frase: de governos parados pode-se esperar a inauguração de estacionamentos.

As manifestações nas ruas, como em 2013, servem para lembrar a parlamentares e governantes que nada mais são do que funcionários públicos, eleitos para servir e não para se servirem. O que se espera é que trabalhem pelo bem comum sem o grito das ruas para empurrá-los.

O Congresso Nacional, nos dois últimos anos, aprovou reformas que estavam paradas há décadas nas gavetas. Se não foram votadas antes, há motivo claro: os governos não demonstraram empenho.

Na Europa e nos Estados Unidos, identifica-se a cidade que é centro universitário à primeira vista: há grande quantidade de livrarias para todos os ramos do saber. São Luís está longe disso.

Em 1º de janeiro de 2011, a mineira com sotaque gaúcho Dilma Rousseff tomou posse e tornou-se a primeira mulher a presidir o Brasil. Mais tarde viria a ser também a primeira mulher deposta por impeachment.

Este Repórter PH agradece a todos os leitores pelas mensagens recebidas. Que 2020 seja como cada leitor espera.

DE RELANCE

Feliz 2020!
Hoje é o último dia do ano e, claro, a esperança prevalece entre nós. O desejo de ver um país melhor, principalmente com mais oportunidades de emprego, parece ser o principal pedido de quem vai até a beira da praia falar baixinho com as forças do bem. Estamos deixando um período bastante conturbado, em que a economia nos maltratou sem piedade e as mudanças nos atingiram de surpresa. A política foi um Deus nos acuda. O Jornal Nacional, principal programa jornalístico de massa no Brasil, ocupou-se, quase que 80%, em tirar a máscara dos cidadãos corruptos e nos revelar fatos que nos deixaram perplexos e indignados.

Que venha a bonança!
Corrupção foi, sem dúvida, a palavra mais repetida neste 2019 que deixamos. Foi um ano bastante atípico sob diversos aspectos e que, também, mostrou sua face punível, colocando atrás das grades figuras emblemáticas dos desvios de verbas públicas. Foi, também, um ano catastrófico, em que a natureza se revoltou e nos deixou atônitos diante de cenas que jamais sairão de nossa memória. É por tudo isso que estamos esperançosos e crentes de que prevaleça a máxima “depois da tempestade, vem a bonança”.

Uma nova era
Como passamos o ano noticiando, aqui e no PH Revista, fatos os mais diversos, muitos extremamente lamentáveis, mas que fomos obrigados a engolir, nós almejamos presenteá-los com um livro de notícias boas. Assim como milhares de brasileiros, estamos confiantes em uma nova era, em que sacudiremos o pano de poeira de 2019 para desfilar com o branco limpo e impecável da paz, da harmonia e do amor entre as pessoas.

Delírio intervencionista
Toda a vez que gestores públicos manipulam fórmulas para atrapalhar empresas privadas, vem à memória o que ocorreu em 1990. O mesmo governo que congelou depósitos bancários, resultando num desastre, aplicou a espantosa Portaria 852, do Departamento de Abastecimento de Preços, do Ministério da Economia. Previa que 764 grandes empresas do país ficavam obrigadas a informar sobre compra, venda e destino de seus produtos, além das taxas de juros pagas e recebidas. O pior é que o repasse dos dados já ocorria, começando pela Receita Federal. Como era um governo amador, não demorou muito tempo para se esquecer da cobrança.

Ataques aos consumidores
A cada 30 segundos, um consumidor no Maranhão – e de resto em todo o país – é vítima da tentativa de fraude conhecida como roubo de identidade. O golpe consiste em utilizar os dados particulares para obter crédito e fechar negócios, deixando a dívida para o titular dos documentos. A Internet, que facilita e trouxe muitas vantagens, é apontada como o grande vilão desse tipo de ação criminosa. O Congresso Nacional prestaria um serviço se tornasse as punições mais rigorosas do que as aplicadas hoje.

Quando passa do limite
Henry Thoreau viveu entre 1817 e 1862, tendo entrado na história dos Estados Unidos como o primeiro ativista anti-impostos. Filósofo e jornalista é lembrado no Brasil toda a vez que gestões públicas navegam entre dúvidas e dívidas, buscando a saída somente no aumento de tributos. Uma de suas frases famosas: “O governo é uma conveniência que, depois de certo ponto, torna-se inconveniente.”

Excesso
O que distingue o burocrata é que ele pode determinar o que os outros devem fazer. As campanhas eleitorais às prefeituras, neste ano que hoje começa, deverão mudar em relação às anteriores. Só demagogos se arriscarão a lançar planos faraônicos e precisarão ser denunciados. Sobretudo nas capitais, os déficits se acumularam, mostrando o sinal de fim da linha.

Corre na frente
Para não se incomodar, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enviará mensagens, alertando que o governo federal não terá previsão no orçamento para socorrer em 2021 os prefeitos que assumirão. Guedes ainda encaminhará um manual com receitas sobre como praticar a austeridade.

Para escrever na pedra:
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” Do médium Chico Xavier.

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