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Bolsonaro sugere que pais apoiem padrão de vestimenta das escolas militares

Em escolas militares, alunas, por exemplo, teriam que ter cabelos longos ou médios, sendo proibido o uso de penteados "exagerados (cheio ou alto)"

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
O MPF da Bahia solicitou que escolas militares não tivessem padrões estéticos
O MPF da Bahia solicitou que escolas militares não tivessem padrões estéticos (Divulgação)

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro propôs que cidadãos inconformados com uma recomendação do Ministério Público Federal da Bahia (MPF-BA) que sugere o veto à imposição de padrões estéticos e de vestimenta para alunos de escolas militares devem recorrer à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que a orientação seja cassada.

De acordo com o MPF da Bahia, o regimento das escolas militares impõem "padrões estéticos e de comportamento baseados na cultura militar, sem qualquer relação ou potencialidade para a melhoria do ensino”. As alunas, por exemplo, devem ter cabelo de tamanho longo ou médio, sendo proibido o uso de penteado “exagerado (cheio ou alto)”. O ofício encaminhado informava que os colégios tinham 15 dias para informar as medidas adotadas ou as razões pelas quais elas não seriam acatadas.

Em julho, a unidade do MPF na Bahia enviou um ofício a prefeituras do estado que mantêm acordo com a Polícia Militar para a gestão de colégio, recomendando que os diretores não estipulem regras para cortes de cabelos, unhas ou formas de vestir. O texto também orienta que as escolas não exerçam controles sobre as publicações de alunos em redes sociais ou a participação em manifestações, além de não interferirem em questões como namoro e o uso de jogos eletrônicos.

Segunda-feira, 30, cinco meses após a orientação ter sido encaminhada pelo MPF, Bolsonaro publicou uma mensagem no Facebook propondo que pais, alunos e escolas insatisfeitos acionem a PGR.

“Sugerimos que a escola, qualquer pai, mãe, aluno ou interessado da comunidade manifeste irresignação (recorra) à 1ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF (sede da PGR/Brasília). Dessa forma, a recomendação poderá ser cassada”, sugeriu o presidente.

A1ª Câmara de Coordenação e Revisão é composta por três subprocuradores e é responsável por revisar atos do MPF relativos a temas como educação, saúde, moradia, mobilidade urbana e Previdência.

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