DE VOLTA ÀS SUAS RAÍZES

Volante maranhense reencontra amigos em "pelada" em São Luís

Volante do Internacional, Rodrigo Lindoso volta a capital para rever familiares e se reencontra com amigos para relembrar a infância em campinho na Cidade Operária

Ronaldo Rocha e Eduardo Lindoso / O Estado

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Volante do inter se reuniu com amigos em “pelada” na Cidade Operária
Volante do inter se reuniu com amigos em “pelada” na Cidade Operária

SÃO LUÍS - Jogador maranhense de maior destaque na atual elite do futebol brasileiro, o volante Rodrigo Lindoso, que é titular da equipe do Internacional do Porto Alegre, não esquece sua raízes e todo fim de ano volta ao bairro onde nasceu em São Luís, a Cidade Operária, para rever a família, os amigos e, claro, relembrar sua infância batendo uma bola nos campinhos de várzea onde começou a dar os primeiros passos antes de iniciar sua carreira profissional no futebol. Em uma conversa informal com o repórter, e também amigo de infância e companheiro de “pelada” na C.O (abreviação para o nome do bairro onde cresceram), Ronaldo Rocha, Lindoso falou sobre seu futuro no Colorado, as expectativas para a próxima temporada, da saudade e das dificuldades para rever familiares e amigos e do apoio que precisa para se manter em alto nível em um mercado extremamente exigente.

Há quatro anos na Série A do Campeonato Brasileiro, Rodrigo Oliveira Lindoso, 30 anos, que começou sua carreira no Americano, de São Luís, retorna todo fim ano à sua cidade natal, onde passa parte das férias com a família, e reencontra os velhos amigos para uma tradicional “pelada” no campinho da Unidade 105 da Cidade Operária. No fim de semana, o volante reuniu mais uma vez a “galera da bola” e, na hora da boa e velha “resenha”, bateu um papo sobre sua carreira e os desafios que encara para se manter entre os melhores atletas do país.

Rodrigo deixa bem claro que, independentemente de questões profissionais, o apoio da família é peça fundamental para ele se manter firme na profissão. “Eu converso sempre com meus pais sobre como é difícil você se manter num cenário de série A do Campeonato Brasileiro, e tenho esse apoio. Eu acho que sou um cara bem abençoado por Deus, tenho conseguido fazer um bom trabalho por onde ando e tem sido assim no Internacional. Espero que seja nesse nível até o fim da carreira”, comentou.

Lindoso falou também da necessidade de se reencontrar com seu passado, com os amigos da infância, e refazer os seus primeiros passos no futebol. Lamentando, ele lembra também dos companheiros que não conseguiram trilhar um caminho muito logo no futebol. “É sempre bom rever os amigos, voltar às origens, ao campinho onde comecei a jogar futebol e poder dividir com eles o sonho que eu conquistei. Muitos infelizmente não conseguiram, mas o que quero deixar claro é que cada um deles faz parte dessa minha história”, disse.

Consolidado na carreira, o maranhense falou também sobre os sonhos realizados em família e sobre a correria que é se dividir entre seus familiares e os familiares da esposa. “Com o passar do tempo os passeios acabam ficando um pouco mais curtos. Recentemente realizei o sonho da minha filha que era conhecer a Disney, agora vim aqui para São Luís passar o Natal, que para mim é uma coisa muito sagrada, e logo em seguida vou para o Rio de Janeiro, de onde é a família da minha esposa”, contou ele, lembrando que o descanso, neste período, também é fundamental: “Então, esse período de férias tenho também dado um descanso para o corpo. O atleta profissional exige muito do corpo ao longo do ano, agora é o momento de descansar mesmo”.

Rodrigo Lindoso recebe a imprensa em campinho de terra
Rodrigo Lindoso recebe a imprensa em campinho de terra

Treinador argentino e projeções para 2020

Rodrigo Lindoso chegou ao Internacional neste ano, após ótima passagem pelo Botafogo do Rio, clube pelo qual disputou 163 jogos e marcou 17 gols, e, em pouco tempo, conquistou o carinho da torcida no Rio Grande do Sul, se tornando titular do time. Apesar da oscilação do Colorado na temporada, com eliminação na Libertadores e derrota na final da Copa do Brasil, a equipe se classificou para a pré-Libertadores e Rodrigo foi um dos destaques na reta final do campeonato. Mesmo com troca de técnico ele se manteve na equipe principal e encerrou 2019 com 46 partidas e seis gols.

Por falar em técnico, o Internacional anunciou a chegada do treinador argentino Eduardo Coudet, ex-técnico do Racing, e o volante maranhense falou sobre suas expectativas para este novo momento no clube. “Eu particularmente não o conheço, mas as informações que a gente vê por TV e de companheiros nossos que já trabalharam e que viram de perto, é que ele é um cara que gosta muito de trabalhar, muito intenso, e que faz o time jogar. Então, isso é bom. A gente precisa de treinadores”, revelou.

Por fim, ele fez suas projeções para este novo cenário que o espera em 2020. Principalmente com as mudanças que seu clube deve enfrentar e das competições que terá pela frente. “Claro que temos objetivos maiores ao longo do ano, como a Libertadores, mas acredito que temos de caminhar no passo a passo. Vai ser uma reformulação boa do elenco, ano novo, filosofia nova, então a gente precisa pensar jogo a j ogo. É o jogo a jogo que vai nos credenciar à maturidade e ao entrosamento para chegar nas fases finais, tanto da Libertadores quanto de Gauchão”, finalizou.

Rodrigo Lindoso tem passagens também pelo Criciúma (SC), Madureira (RJ) e Marítimos (POR) e Botafogo, antes de se transferir para o Internacional. No dia 8 de janeiro ele se reapresenta na equipe de Porto Alegre para iniciar a pré-temporada.

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