Habeas corpus

Justiça manda soltar suspeitos por tráfico de droga no Piauí

Três homens presos com uma tonelada de cocaína em aeroporto de Timon (MA), alegaram terem sido presos ilegalmente

Meio Norte

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Cocaína apreendida pela polícia de Teresina em aeroporto de Timon
Cocaína apreendida pela polícia de Teresina em aeroporto de Timon (Cocaína)

TERESINA - Uma decisão judicial concedeu habeas corpus a três investigados por envolvimento na maior apreensão de cocaína do Piauí que no início do mês apreendeu mais de 1.000 kg da droga em uma operação em Teresina. Os suspeitos são de São Paulo e estavam presos desde o dia 10 de dezembro.

No pedido apresentado pela defesa, os três suspeitos alegam que foram “ilegalmente presos”. Um deles é André Luiz de Oliveira Cajé Ferreira, proprietário de uma empresa que realiza venda de aeronaves e de voos a executivos.

A defesa alega que o empresário veio a cidade de Teresina com o objetivo de fazer a venda de um helicóptero, modelo esquilo, tendo saído do estado de São Paulo, do aeroporto de Campo de Marte, com destino ao aeroporto Paulo Guimarães, em Timon (MA), local escolhido em razão do menor tráfego aéreo. Os outros dois beneficiados com a medida são Vagner Farabote Leite e Alexandro Vilela de Oliveira.

A decisão da Justiça, publicada no dia 26 de dezembro, explica que o empresário alega que ele e sua equipe, ao chegarem em Teresina, “foram surpreendidos pela não concretização da venda da aeronave” e que no momento da prisão estavam retornando para o helicóptero estacionado em Timon, com o qual retornaram para São Paulo.

“Apontam que ao chegar ao referido aeroporto perceberam a presença de uma dezena de policiais, ao passo que, ao serem identificados como os responsáveis pela aeronave, receberam voz de prisão. Afirmam que não cometeram ou haviam cometido qualquer conduta ilícita, e que não havia qualquer irregularidade com a aeronave ou plano de voo”, diz o juiz na decisão.

De acordo com o relato dos investigados, somente ao chegarem à delegacia tomaram ciência de que estavam sendo presos sob a acusação dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.

O habeas corpus exige que os suspeitos compareçam mensalmente em juízo, para informar e justificar atividades. Eles também são proibidos de manter contato com os demais investigados na operação. Para isso a Justiça do Piauí acionou as comarcas de São Bernardo do Campo (SP) e Tatuapé (SP) que acompanharam os investigados.

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