Transtornos

Quebra em adutoras prejudicam população em seis ocasiões

Somente em dezembro, ocorreram duas situações de manutenção no Sistema Italuís; caso mais recente aconteceu na Barragem do Bacanga, no dia 25, sendo resolvido em dois dias

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Conserto na adutora do Bacanga se iniciou dia 25 e se encerrou dia 27
Conserto na adutora do Bacanga se iniciou dia 25 e se encerrou dia 27 (adutora)

Em 2019, segundo levantamento feito por O Estado, a população de São Luís foi prejudicada em seis ocasiões por causa de problemas em adutoras do Sistema Italuís. As manutenções nas tubulações foram constantes este ano. Somente em dezembro, ocorreram duas interrupções no abastecimento de água. O caso mais recente aconteceu na Barragem do Bacanga, o que deixou os bairros da área Itaqui-Bacanga com as torneiras vazias.

Segundo o balanço de O Estado, o primeiro rompimento ocorreu no dia 12 de março, por volta do meio-dia, no Km 38 da BR-135, Campo de Peris, em Bacabeira. O problema atingiu vários bairros. Policiais rodoviários federais se deslocaram ao local do vazamento, devido à possibilidade de engarrafamentos na rodovia. Mas não houve interrupção do trânsito.

O rompimento atingiu a parte inferior do encanamento. A Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) se posicionou pouco depois ao afirmar que adotou as providências para que o vazamento fosse solucionado em até 24 horas. Em abril, no dia 29, novamente, um defeito em adutora deixou 159 bairros da capital sem abastecimento de água. O problema na tubulação também provocou a suspensão da nova adutora, que estava programada para funcionar no mês seguinte.

Em maio, houve outra interrupção no abastecimento de água do Sistema Italuís, entre os dias 16 e 19. Na ocasião, a Caema justificou que a parada era necessária para a execução de serviços de interligação da nova adutora, além da reparação da subestação de energia elétrica da captação de água bruta. Mais de 150 localidades da capital foram atingidas pela situação.

Rompimento em junho
Novo rompimento aconteceu em junho, o que deixou pelo menos 80 bairros sem abastecimento de água durante três dias, devido ao vazamento no antigo trecho, de ferro fundido, da adutora Italuís, no Km 56 da BR-135. A Caema demorou para resolver o problema por conta da greve geral que ocorria no Brasil. Na ocasião, a rodovia federal estava bloqueada por manifestantes.

As máquinas que seriam utilizadas para os trabalhos de reparos na adutora ficaram impedidas de passar pela BR-135. Os moradores de São Luís tiveram que sair de casa com baldes em busca de algum local com água disponível. Com o início do bombeamento, o abastecimento foi restabelecido aos poucos.

Barragem do Bacanga
Neste mês, a população da área Itaqui-Bacanga sofreu com a falta d’água. A situação começou devido ao rompimento de uma adutora de 900 milímetros, na Barragem do Bacanga, em São Luís. De acordo com a Caema, carros-pipa percorreram a região. O cano se rompeu por volta das 18h de quarta-feira, 25, deixando o trânsito lento no ponto.

A água alcançou uma altura de até 15 metros. Condutores registraram o momento por meio de fotos e vídeos, que foram divulgados nas redes sociais. Muitos motoristas deram marcha à ré para evitar passar pelo local. Equipes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) estiveram na Barragem, para orientar o fluxo de veículos, sobretudo os pesados.

A companhia declarou que os serviços foram iniciados com abertura de registros e manobras para evitar desperdício de água, antes do começo da etapa de manutenção corretiva. Ainda segundo o órgão do Governo do Estado, a mudança de tubulação estava programada para janeiro do próximo ano. Porém, em virtude desse rompimento, a operação foi antecipada.

No total, foram trocados cinco tubos para correção do rompimento. O abastecimento foi normalizado nessa sexta-feira, 27. Antes dessa situação, no dia 12 de dezembro, mais de 150 bairros da região metropolitana de São Luís ficaram sem água, por conta de uma manutenção eletromecânica no Sistema Italuís. A interrupção começou às 9h e foi encerrada no fim da tarde do mesmo dia.

Nova adutora
No fim de 2017, ocorreu o processo de instalação da nova adutora. A população ludovicense sofreu durante 10 dias sem água no mês de dezembro. A demora na inauguração da tubulação aconteceu, segundo informou na época da Caema, porque uma peça chamada “Y” apresentou defeitos e gerou os transtornos, que afetaram 159 bairros. Em várias partes da ilha, foi possível verificar moradores até com enormes caixas d’águas nas costas.

As torneiras ficaram vazias desde o momento em que a Caema fez uma intervenção no Sistema Italuís, para o funcionamento da nova adutora, que tem 19km de extensão. Para esse projeto, três válvulas de bloqueio foram inseridas na adutora, feita somente de aço, estando presentes de 5 em 5km.

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