Caixeiras, benzedeiras e rezadeiras: força religiosa e misticismo popular
Personagens peculiares da cultura maranhense possuem diferentes características e formas únicas de ver o mundo e de lidar com aspectos da fé; O Estado conheceu algumas delas e traz um pouco de sua experiência e vivência
Influência indígena no saber das benzedeiras
Além da influência indígena neste costume secular no Brasil e no Maranhão, para a historiadora Mary Del Priore, há a participação nas benzedeiras dos elementos africanos, massificados com o período escravocrata no território então colonizado pelos portugueses. Assim como em outras partes do estado, no Maranhão – que também registrou a presença dos negros africanos como mão-de-obra - estas personagens também continham elementos de mescla de sobrenaturalismo e saber popular, baseados no “emprego de talismãs”, além de amuletos e fetiches. É a partir daí e deste conhecimento que também são fabricados medicamentos e surgem, a grosso modo, pessoas que usam da crença e costumes para, por exemplo, convencerem “pacientes” de que o simples gesto de ter contato com alguma erva “poderosa” cura males e afasta espíritos nocivos. De acordo com o artigo “O Poder das Rezadeiras de Fé”, de Pai Paulo de Oxalá, “existe reza para tudo”.
No contexto de umbanda, sacerdotes defendem que existe oração para mau-olhado, “espinhela” caída, “vento virado”, e reza para a paz familiar. Enfermidades que atualmente são controladas por medicamentos considerados de complexa fabricação e composição, como bronquite, asma, insônia e outros são também incluídos no rol dos que são combatidos por ervas e raízes “manipuladas” por rezadeiros e rezadeiras.
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