Tragédia

Maranhense entre as vítimas do deslizamento que ocorreu em Recife

Mulher foi identificada como Lia dos Santos Oliveira, de 45 anos. O sepultamento dela deverá ocorrer em São Luís nessa sexta-feira, 27

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Lia dos Santos Oliveira
Lia dos Santos Oliveira (Lia)

SÃO LUÍS - A maranhense Lia dos Santos Oliveira, de 45 anos, está entre as vítimas que morreram em um deslizamento de barreira na zona norte de Recife, capital de Pernambuco, na véspera de Natal, 24. A jovem, segundo apurado pelo Jornal O Estado, será sepultada em São Luís, provavelmente, nessa sexta-feira, 27. A esposa dela, Cláudia Bezerra, 47, também não resistiu nesse acidente, além de outras cinco pessoas. Bombeiros militares continuam na região fazendo vistorias e apurando as circunstâncias da tragédia.

De acordo com informações da Defesa Civil de Pernambuco, no momento do deslizamento, Lia estava na casa de uma amiga, Lucimar Alves, 50, acompanhada de Cláudia Bezerra, com quem era casada há quase 10 anos. Os corpos do casal só foram encontrados depois de oito horas de buscas feitas pelos bombeiros militares. Cães treinados pela corporação ajudaram na localização das jovens. Quando a barreira desmoronou, ambas estavam dormindo no sofá.

Lia de Oliveira e sua esposa planejavam passar o Natal com Lucimar Alves, na cidade de Dois Unidos, onde a tragédia aconteceu. As três morreram no deslizamento. A maranhense será enterrada no Cemitério Parque da Saudade, no Vinhais, em São Luís, conforme informações colhidas pelo O Estado. Ela morava há 14 anos em Recife.

Outros mortos

Também morreram Emanuel Henrique de França, de 25 anos, e sua esposa e filho, Érica Virgína, 19, e Érik Junior, 2 meses; e Daffyne Kauane Alves, 9, neta de Lucimar Alves. Os feridos são Otoniel Simião da Silva, 57; Luiz Tadeu Costa, 56, e Cristina Gomes da Silva, 43. Os três foram encaminhados para o hospital. Otoniel é marido de Lucimar, em cuja casa Lia de Oliveira estava com Cláudia Bezerra.

Cristina Gomes, segundo a Defesa Civil de Pernambuco, é irmã de Lucimar Alves e esposa de Luiz Tadeu. Ela passou dois dias internada no Hospital da Restauração, no Derby, na área central da cidade.

Vistoria e investigação

Nesta quinta-feira (26), equipes da Defesa Civil de Pernambuco e da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) realizaram uma vistoria na área do deslizamento para investigar a causa da tragédia. Um inquérito policial foi aberto para apurar o caso. Não chovia no momento em que a barreira desmoronou e atingiu duas casas na Rua Bela Vista, no Córrego do Morcego.

Moradores da área relataram que um vazamento em dois canos da Compesa teria feito a terra deslizar. Sobre essa informação, o Governo de Pernambuco informou, por meio de nota, que a empresa enviou 50 técnicos para o local, "analisando o rompimento dos canos de abastecimento existentes na encosta".

A Defesa Civil frisou que uma das casas atingidas, onde morreram três pessoas, foi interditada. Além disso, famílias de outras cinco residências próximas foram orientadas a deixar os imóveis. O governo também analisa oferecer assistência social e financeira aos afetados. Equipes de perícia do Instituto de Criminalística (Icrim) continuam fazendo levantamentos no local da tragédia.

A gerente-geral de Polícia Científica, Sandra Santos, salientou que uma equipe de Engenharia Legal ficou responsável por levantar as causas do deslizamento e que o prazo de conclusão do laudo é de 30 dias.

Relatos de sobrevivente

Um dos sobreviventes do deslizamento, Luiz Tadeu Costa, de 56 anos, afirmou que a casa onde ocorreu o desastre foi atingida, há 10 anos, por outro deslizamento, que não deixou ninguém ferido. Ele disse que, na terça-feira, tentou segurar a parede que o atingiu e também sua esposa, que igualmente sobreviveu.

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