Kim Jong-Un discute capacidade militar da Coreia do Norte
Encontro com principais as autoridades militares do país acontece em meio a aumento da tensão com os EUA; Pyongyang estabeleceu um prazo até o final do ano para os Estados Unidos mudarem o que chama de "política de hostilidade"
PYONGYANG - O líder norte-coreano Kim Jong-Un realizou uma reunião para discutir o aumento da capacidade militar no país, informou a agência de notícias estatal KCNA ontem,22, sem detalhar o dia em que o encontro aconteceu. A reunião com autoridades militares acontece em meio a preocupações de que a Coreia do Norte esteja prestes a voltar a entrar em conflito com os Estados Unidos.
Segundo a estatal, Kim presidiu a reunião na Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores e discutiu medidas "para reforçar as forças armadas gerais do país militar e politicamente".
"Também foram discutidas questões importantes para a melhoria decisiva da defesa nacional geral e questões centrais para o desenvolvimento sustentado e acelerado da capacidade militar de autodefesa", afirmou a KCNA. A comissão é o principal órgão de decisão militar da Coreia do Norte.
Segundo a Reuters, a Coreia do Norte estabeleceu um prazo até o final do ano para os Estados Unidos mudarem o que chama de "política de hostilidade", em meio a um impasse nos esforços para progredir em sua promessa de encerrar o programa nuclear e estabelecer uma paz duradoura.
Kim e o presidente dos EUA, Donald Trump, se encontraram três vezes desde junho de 2018, mas não houve progresso substancial no diálogo. No sábado, a mídia estatal disse que os Estados Unidos "pagariam caro" por contestar o registro de direitos humanos da Coreia do Norte e disse que as "palavras maliciosas" de Washington apenas agravariam as tensões na península coreana.
Conversas com Japão
Ainda de acordo com a Reuters, Trump falou no sábado com o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe sobre a Coréia do Norte, Irã e comércio, disse um porta-voz da Casa Branca.
"O presidente Trump e o primeiro-ministro Abe concordaram em continuar com estreita comunicação e coordenação, principalmente após recentes declarações ameaçadoras da República Popular Democrática da Coreia", disse o porta-voz da Casa Branca Judd Deere, referindo-se ao nome oficial da Coréia do Norte.
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