Somos Todos Marianas

Combate à violência doméstica é aliado a ações de solidariedade

Moradores do bairro São Francisco receberam a ação social do projeto Somos Todos Marianas, que distribuiu brinquedos e cestas básicas e realizou palestras de conscientização; a transformação da dor em amor ao próximo

Carla Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

[e-s001]Uma tragédia transformada em solidariedade. Assim pode ser descrito o projeto Somos Todos Marianas, criado em decorrência do assassinato, em 2016, da jovem publicitária Mariana Costa, vítima de violência doméstica. Foram eles que promoveram, no sábado, o Natal Solidário, no bairro São Francisco, no qual voluntários se dedicaram a acolher famílias com muito amor, doação de brinquedos, cestas básicas, recreação e palestras voltadas para o combate à violência, em especial a doméstica.
Irmã de Mariana Costa, Carolina Costa, conta que a ação reúne voluntários que integram a associação criada este ano. “A associação foi criado em 14 de fevereiro deste ano e conta com 15 sócios-fundadores e mais os voluntários que entendem a nossa causa, o que aconteceu com a nossa família e que se unem à causa doando presentes e cestas básicas”, explica.

Na ação, cerca de 15 profissionais de várias áreas fizeram uma série de atividades recreativas e educativas, voltadas tanto para a criançada quanto para as famílias dos pequeninos que vivem no bairro São Francisco. A ideia da ação foi valorizar a infância, reforçando o papel das famílias no cuidado com as crianças, o que inclui a dedicação de tempo e amor, até mesmo em uma simples brincadeira.

A psicóloga Cristiane Marrie Nahuz de Miranda, que ministrou uma palestra na ocasião, explica que o projeto foi criado em decorrência da violência doméstica de diversos tipos desde as verbais até as físicas. “O projeto foi criado em decorrência de fatos que estão tão em evidência na sociedade e que hoje estão cada vez mais recorrente. São pessoas que chegam a óbito em função de serem maltratadas pelos seus cônjuges por meio da violência doméstica. Na palestra abordamos os aspectos psicológicos, como as mulheres se sentem oprimidas por estarem vivendo um processo de violência que causa um profundo desconforto familiar, fazendo com que não consigam ter paz, conduzir suas vidas e suas famílias”, destacou a psicóloga.

[e-s001]“A gente espera que o que aconteceu com a gente não fique somente como uma tragédia, mas que isso seja motivo de mudança para outras famílias e se a gente puder levar informação para que outras mulheres também possam denunciar e romper com o ciclo de violência, a gente está fazendo nossa parte como cidadãos e como sociedade”, disse Carolina Costa.

SAIBA MAIS

O projeto Somos Todos Marianas surgiu em 2016, em decorrência do assassinato da jovem publicitária Mariana Costa. De lá pra cá, os voluntários se mobilizam para atuar em diversas lutas sociais por igualdade, respeito, cidadania e no combate à violência, em especial, contra a mulher.
A publicitária maranhense Mariana Costa foi morta brutalmente pelo cunhado, o empresário Lucas Porto em 2016. Mariana Costa era sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney, e foi encontrada morta no apartamento onde morava, no bairro Turu, na capital maranhense. As investigações da Polícia Civil apontaram que ela foi estuprada e morta por asfixia. O empresário Lucas Porto, cunhado da vítima, foi preso e confessou o crime.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.