Contrabando

Origem de cigarros apreendidos em São Luís é apurada pela PF

O Grupo de Serviço Avançado (GSA) seguiu ao local após receber denúncias anônimas. No Maranhão, já virou rotina a apreensão de cigarros de origem duvidosa

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Caminhão apreendido com cigarros contrabandeados
Caminhão apreendido com cigarros contrabandeados (Contrabando)

SÃO LUÍS - A Polícia Federal (PF) recebeu um material apreendido pela Polícia Militar para descobrir sua origem. No total, foram 47 caixas de cigarros, que continham cada uma 50 carteiras, que seriam contrabandeadas. A operação foi realizada pelo Grupo de Serviço Avançado (GSA), também conhecido como “serviço velado”, na noite de segunda-feira, 16. O produto foi encontrado na Rua do Trilho, Residencial Pico, que fica na região da Vila Maranhão, na zona rural de São Luís.

De acordo com informações colhidas pelo Jornal O Estado com o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), a guarnição do GSA 1 recebeu denúncias anônimas sobre um local na Vila Maranhão que estaria servindo como depósito para cigarros contrabandeados. Desse modo, a equipe se preparou e saiu a campo, para verificar a veracidade do que foi repassado pela pessoa.

Ao chegaram ao local, em um momento oportuno, os policiais militares encontraram as 47 caixas de cigarros, por volta das 22h. O produto, segundo informado pelo Ciops, é da marca Gold Seal. No depósito, não foi encontrada nenhuma pessoa. As carteiras apreendidas foram apresentadas no plantão da Polícia Federal, no bairro da Cohama, em São Luís.

O material encontrado na Vila Maranhão pelo GSA será submetido a um procedimento da Perícia Criminal da PF, para que os investigadores descubram a rota do cigarro até chegar a São Luís. O objetivo é apurar se a carga chegou à capital maranhense por via marítima ou terrestre.

Apreensão em Alcântara

No Maranhão, já virou rotina a apreensão de cigarros. Recentemente, no dia 6 de dezembro, cerca de 12 toneladas foram apreendidas no estado. A operação aconteceu na cidade de Alcântara, mas repercutiu no município de Bequimão, pois alguns membros da quadrilha eram de lá. De acordo com informações do delegado Guilherme Campello, titular da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), a Polícia Civil estava monitorando a entrada de embarcações nos portos localizados no interior maranhense, incluindo os da Baixada, pois havia denúncias de que produtos contrabandeados estavam chegando por via marítima.

Sendo assim, em conjunto com o 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), foi realizada uma campana no Povoado Novo Belém, em Alcântara, que resultou na abordagem a três caminhões. Dentro dos veículos, os policiais civis e militares encontraram mais de 10 toneladas de cigarros, das marcas GIFT e Record, frutos de contrabando, como o delegado frisou, pois não havia nota de procedência das mercadorias.

Em flagrante, foram presos Raimundo Cleofas Guerra Alencar, de 60 anos; Robson Silva Guedes, 42; Aldo Pereira Cavalcante, 42; Ivo Evangelista, 45, e Odoriel Gusmão Pereira, 40, segundo Guilherme Campello. O titular da SCPI destacou que outras 24 pessoas foram conduzidas à delegacia por terem sido contratadas pelos “mafiosos” para descarregar a carga nos portos da região. Depois de serem ouvidas, foram liberadas.

“Estávamos investigando essa entrada de produtos contrabandeados pelos nossos portos do interior e conseguimos dar esse primeiro grande golpe nessa máfia”, declarou o delegado Guilherme Campello. Esta investigação está sendo realizada pela PF, uma vez que há informações de que o carregamento veio do exterior, provavelmente, do Paraguai. “Vamos compartilhar tudo com a PF, pois são produtos que vêm de fora, por meio de embarcações, para aprofundarmos o caso. Esses barcos aportam em pequenos portos, onde é feito o transbordo das cargas para os caminhões”, explicou o titular da SPCI.

Além da carga de cigarros e dos caminhões, os policiais também apreenderam R$ 2.774 mil em espécie e celulares, de acordo com o tenente-coronel Cláudio, comandante do 10º BPM. O oficial esclareceu que a operação aconteceu depois que as equipes receberam uma ligação anônima relatando que, no Porto Cajapari, em Alcântara, estariam carregando três caminhões com cigarros, fato confirmado com a prisão dos envolvidos.

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