Alerta

Casos de dengue aumentam 164,3% este ano no Maranhão, aponta boletim

Autoridades alertam que tempo chuvoso favorece a proliferação do Aedes aegypti; casos de zika aumentaram 125% e os de chikungunya 9,30%

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Eliminar água armazenada é uma das maneiras de evitar criadouro do mosquito Aedes
Eliminar água armazenada é uma das maneiras de evitar criadouro do mosquito Aedes (Dengue)

BRASÍLIA - O ano de 2019 foi um dos mais chuvosos no Maranhão. A condição climática é apontado como responsável pela proliferação do mosquito Aedes aegypti no estado. O último boletim epidemiológico do estado traz os números alarmantes: os casos de dengue aumentaram 164,3%, se comparado ao mesmo período do ano passado. Já os registros de zika apresentaram aumento de 125% e os de chikungunya, crescimento de 9,30%.

Como o aumento dos casos foi grande, o governo maranhense capacitou mais de 600 profissionais para que eles pudessem se preparar melhor para o novo período de chuvoso, mais intenso, que ainda está por vir. A superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da Secretaria de Saúde do Maranhão, Léa Márcia Melo da Costa, explica que é preciso que os gestores deem continuidade nas ações de combate ao vetor; mas ressalta que o papel da população é de extrema importância para acabar de vez com o mosquito.

“Se eu cuido de mim, eu estou cuidando do meu vizinho também. Tem que haver envolvimento geral. Mas o mais importante mesmo é evitar os criadouros porque, se não existir o mosquito, nós não vamos ter a doença. O recado é que todos façam a sua parte para que a gente possa realmente combater a dengue, zika e chikungunya”.

Sofreu bastante

A pedagoga Lana Mary Anchieta Barros, de 56 anos, moradora do Planalto Anil 4, em São Luís, conta que há cerca de três anos pegou chikungunya e sofreu bastante com a doença.

“Eu sentia dores horríveis! Eu fiquei com a mão toda deformada, a ponto de eu não conseguir pegar mais nada. Eu não conseguia abrir uma porta, pegar uma colher, eu não conseguia nada! As pernas inchadas todo o tempo e… foi um sofrimento! Eu não conseguia me ajoelhar. Quando eu me ajoelhava, eu não me levantava. Foi um sofrer muito grande durante, assim, uns 3 anos”.

A melhor forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito, eliminando água armazenada que pode se tornar possível criadouro, como em vasos de plantas, galões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e manutenção e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

Na capital

Em São Luís, há dois meses, a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), em conjunto com o Corpo de Bombeiros do Maranhão e a Defesa Civil Municipal, realizou o trabalho de verificação das caixas d´água de difícil acesso em residências, que, porventura, ainda não tenham sido fiscalizadas por fatores logísticos. O objetivo foi checar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti

De acordo com o Programa de Controle de Arboviroses da Semus – ligado à Superintendência de Vigilância Epidemiológica – outra finalidade do trabalho, em caráter de teste, foi esclarecer as dúvidas dos agentes de saúde sobre a fiscalização dos depósitos de armazenamento, obedecendo aos limites de segurança. Nos locais será possível, por exemplo, a colocação de larvicidas nos depósitos suscetíveis a focos do mosquito. ​

O trabalho da Semus seguiu orientação do Ministério da Saúde (MS), que prevê nos estados e municípios brasileiros a manutenção e ampliação dos serviços de controle das enfermidades ligadas ao Aedes. “Desde o início do ano, foram reforçadas as ações de combate à dengue e outras doenças, com trabalho inclusive nas áreas limítrofes da Ilha. Como os agentes nos abordavam informando que nem sempre era possível o acesso às caixas d´água, por estarem em locais de difícil acesso nas casas, o município chamou os órgãos de segurança para nos auxiliar no trabalho”, disse o secretário titular da Semus, Lula Fylho.

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