Mais impostos

Deputado critica nova taxa de 3% sobre produtos agrícolas

César Pires lembrou que nova contribuição estava inclusa no projeto de lei que previa isenção de imposto para motos e redução do ICMS para gás de cozinha e também a privatização da Gasmar

Gilberto Léda/Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
César Pires, deputado do PV, criticou novo tributo do governo Flávio Dino
César Pires, deputado do PV, criticou novo tributo do governo Flávio Dino (César Pires)

Membros da oposição no Maranhão criticaram, ontem, a decisão do governador Flávio Dino (PCdoB) de taxar em mais 3% a tonelada da soja, do milho, do milheto e do sogo “produzidos e transportados no Estado do Maranhão”.

Segundo revelou O Estado em sua versão online na segunda-feira, 16, o novo tributo foi incluído no mesmo projeto de lei que reduziu o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do gás de cozinha e que autorizou o Estado a privatizar a Companhia Maranhense de Gás (Gasmar).

A nova contribuição foi incluída na Lei nº 8.246/2005, que cria o Fundo Estadual de Desenvolvimento Industrial do Estado do Maranhão. É para esse fundo que serão direcionados os novos recursos arrecadados.

Nova taxa

Aprovada no início de dezembro deste ano, a nova taxa passará a vigoram em março de 2020 se for sancionada pelo governador ainda neste ano.

Em entrevista a O Estado, o deputado estadual César Pires (PV), disse que o governador maranhense agora avança sobre o agronegócio porque não tem mais “onde buscar dinheiro”, uma vez que, na visão dele, já estão penalizados os trabalhadores, com a recente reforma da Previdência estadual, e os empresários e consumidores, com os sucessivos aumentos de ICMS em várias faixas de consumo.

Ainda de acordo com Pires, o que chamou atenção do governo para os produtores rurais foi o impacto do agronegócio no resultado do PIB de 2017 do Maranhão, que voltou a crescer, de acordo com dados recentemente divulgados pelo IBGE.

“Como ele viu o crescimento grande [do agronegócio], e ele não mais onde buscar dinheiro - porque já buscou do assalariado, no caso da aposentadoria, já buscou dos empresários do ICMS, já buscou da gasolina -, ele vai buscar, agora, justamente da produção rural. É a forma de ele captar recursos pelo desmantelo histórico que ele vem fazendo na administração do Maranhão”, declarou. “Já sofreu o combustível, a bebida, agora sofre o agronegócio”, completou.

Já o senador Roberto Rocha (PSDB) criticou a forma como o novo imposto foi criado - incluído em um projeto extenso, que tratava de diversos outros assunto, e, ainda, “no apagar das luzes”.
“[Projeto] Feito no apagar das luzes deste ano para já começar a valer no próximo”, avaliou. l

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