Lava Jato

Sérgio Cabral assina acordo de delação com a Polícia Federal

Caberá ao ministro Edson Fachin, do STF, decidir se homologa proposta do ex-governador; Procuradoria-Geral da República se posicionou contra o acordo

OEstadoMA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
(Sérgio Cabral)

A Polícia Federal assinou acordo de delação premiada com o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e enviou o material para homologação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.

Pelo acordo, mantido sob sigilo, o ex-governador se comprometeu a delatar agentes públicos e privados envolvidos em esquemas de corrupção e a devolver R$ 380 milhões da propina recebida por ele nos últimos anos. A delação, porém, só terá validade caso seja homologada pelo STF. A informação é do jornal O Globo.

O acordo entre Cabral e a PF foi enviado para o Supremo Tribunal Federal em novembro, e distribuído ao ministro Edson Fachin.

O ministro pediu uma manifestação do procurador-geral da República, Augusto Aras, que se mostrou contrário ao acordo de delação. A mesma tentativa já havia sido rejeitada pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.

Em sua manifestação sobre a proposta de delação, Aras lembrou que Cabral ocultou informações e protegeu pessoas durante a negociação do acordo com o consórcio da “lava-jato” no Rio de Janeiro.
Segundo o jornal, nos depoimentos prestados à PF, Cabral citou dezenas de políticos beneficiários do esquema de corrupção montado em sua gestão no estado e membros do Judiciário.

Entre os citados por Cabral estariam ministros do Superior Tribunal de Justiça e, por isso, o acordo depende da homologação do STF.

O ex-governador Sérgio Cabral (MDB) já foi condenado em 12 processos diferentes e suas penas, somadas, já chegam a estratosféricos 267 anos. A mais recente das condenações ocorreu em outubro deste ano.

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