Aniversário

Comemorados os 392 anos de São José de Ribamar

Programação do aniversário de fundação da cidade balneária e de vocação religiosa inclui exposição de fotografias históricas, com registros dos primeiros índios que habitaram a região, dentre outras atividades em comemoração

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Igreja de São José de Ribamar, um dos cartões postais da cidade, recebeu fiéis em comemoração à fundação
Igreja de São José de Ribamar, um dos cartões postais da cidade, recebeu fiéis em comemoração à fundação (aniversário)

São Luís - Começou ontem a programação em homenagem aos 392 anos de fundação do município de São José de Ribamar. Hoje, as atividades continuam com alvorada às 6h, com a presença do prefeito, Eudes Sampaio, e de outras autoridades. Em seguida, haverá café da manhã para convidados na Secretaria de Turismo e Cultura, ao lado da Concha Acústica. Em seguida, às 9h, será aberta a exposição fotográfica em homenagem à cidade balneária, assinada por Antônio Miranda, da equipe do Centro de Cultura e Turismo de São José de Ribamar.

Segundo Antônio Miranda, a exposição reúne 100 fotografias históricas, com registros do ano de 1886 aos dias atuais. Elas ficarão expostas até o dia 20, no Centro de Cultura. “É a primeira vez que essas fotografias serão apresentadas e, entre outras coisas, trazem cenários e gravuras, além de registros dos primeiros índios que habitaram a região”, informou, acrescentando que será exposta, também, a maquete do navio que originou a fundação de São José de Ribamar, com um metro e 88 centímetros de altura.

Ontem, houve missas em alusão ao aniversário, uma vez que esta é a primeira vez que o município comemora a sua fundação. “Antes, só era comemorado o aniversário de emancipação, no mês de fevereiro. Logo, essa programação é muito importante para São José de Ribamar”, disse Antônio Miranda, informando que a cidade foi fundada em 16 de setembro de 1627, por frades franciscanos, com autorização do então governador Francisco Coelho de Carvalho.

História

O nome da cidade decorre da história de um navio procedente de Lisboa, em Portugal, que desviou-se de sua rota e, em plena Baía de São José, esteve ameaçado de naufrágio por grandes tempestades e vagalhões. Os tripulantes invocaram a proteção de São José, prometendo erguer-lhe uma capela na povoação ao longe avistada. Tal foi a contrição das súplicas, que, imediatamente, o mar acalmou-se. E todos chegaram a terra sãos e salvos. Para cumprir a promessa, trouxeram de Lisboa uma imagem de São José, entronizando-a na modesta igrejinha erguida de frente para o mar.

No entanto, devotos residentes na antiga Anindiba dos indígenas, atual Paço do Lumiar, entenderam que a imagem deveria ser levada para a ermida daquela povoação. Sem que ninguém percebesse, realizaram seu intento. No dia seguinte, porém, viram que a imagem ali não mais se encontrava, pois voltara, misteriosamente, à capela de origem. Repetiram a transferência e colocaram pessoas a vigiar o santo, para que ele não voltasse a Ribamar.

São José, entretanto, transformando seu cajado em luzeiro, desceu da Igreja de Anindiba e, protegido por anjos e santos, regressou a Ribamar. E o caminho por onde ia passando o celeste cortejo, encheu-se de suaves rastros de luz. Somente assim compreenderam os moradores de Anindiba que o santo desejava permanecer em sua capela, de frente para o mar. Tempos depois, quando da construção de uma nova igreja, resolveram fazê-la de frente para a entrada da cidade, intento não alcançado porque as paredes da igreja várias vezes ruíram, até que os fiéis compreenderam que ela deveria permanecer voltada para o mar.

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