Faccionado

Suspeito de tortura e homicídio foge do Complexo de Pedrinhas

O detento Rony Kassio Chaves de Araújo é membro de uma facção criminosa. Ele responde a um processo por ter torturado a própria namorada e matado um rapaz na Cidade Olímpica

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Rony Kassio Chaves de Araujo que fugiu de Pedrinhas
Rony Kassio Chaves de Araujo que fugiu de Pedrinhas (Preso)

No fim da tarde desta sexta-feira, 13, ocorreu uma fuga no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na Unidade Prisional de Ressocialização São Luís 5 (UPSL 5). De acordo com informações da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), o detento Rony Kassio Chaves de Araújo, de 29 anos, escapou quando deixou o lixo na área externa do estabelecimento carcerário. Esse interno responde a um processo por tortura e homicídio que ocorreram no bairro Cidade Olímpica, em São Luís.

A Seap informou, por meio de nota, que o detento era um dos responsáveis pela limpeza e manutenção da unidade prisional. Ainda segundo a secretaria, buscas estão sendo realizadas pelas forças policiais para recapturá-lo. E que as reais circunstâncias da fuga estão sendo apuradas pela Corregedoria do órgão.

Prisão de Rony

Rony Kassio foi capturado no dia 20 de dezembro de 2017, pela Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), que deu cumprimento a mandado de prisão preventiva contra ele e mais dois suspeitos, Josué Santos da Silva, o “Gaspar”; e Anderson da Silva Pereira, o “Boquinha”. Esse grupo é integrante de uma facção criminosa envolvida no assassinato de um homem na Cidade Olímpica, em São Luís.

O delegado George Marques, da SHPP, explicou na época que “Gaspar”, considerado o líder da facção, e os outros dois mataram Geovane Barros Moreno, mais conhecido como “Dudu”, no dia 24 de outubro de 2016, no bairro da Cidade Olímpica, devido a uma infração do “estatuto” da organização, mais precisamente do “inciso 4º”, que proíbe que um “batizado” cobice a mulher do companheiro da organização criminosa. “Dudu”, como a fonte descreveu, teve um “caso” com namorada de Rony.

Por este motivo, Geovane Barros foi executado a tiros no denominado “tribunal do crime”, uma espécie de julgamento clandestino comum no crime organizado urbano. Além disto, a namorada de Rony foi mantida em cárcere privado pelos faccionados, sendo que ela levou vários socos, pontapés e ainda foi sufocada pelos bandidos. George Marques disse que a vítima escapou do local porque uma viatura da Polícia Militar passou na rua e os faccionados fugiram.

Nesse instante, ela conseguiu se desamarrar nos pés e nas mãos e saiu correndo. Mas os momentos em que a vítima permaneceu no cativeiro foram de aflição e dor, tendo em vista que os criminosos queriam que confessasse que se relacionou com “Dudu”. Os integrantes da facção até fizeram gravações e bateram fotos da mulher sendo torturada. As imagens e os vídeos foram encontrados no celular de “Gaspar”, conforme o delegado da SHPP relatou.

“Gaspar” e os outros dois já estavam presos por outros crimes, mas o mandado de prisão preventiva referente a esse homicídio e tortura foi decretado em desfavor deles e, nesse sentido, os investigadores da SHPP deram cumprimento.

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