Investigação

Filho de coronel é flagrado dirigindo viatura da PM sem o adesivo

O rapaz, mesmo sendo flagrado sem carteiro de habilitação e na viatura, foi liberado na blitz policial. Comendo-Geral da PM disse que está apurando o caso

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

SÃO LUÍS - O filho do coronel da Polícia Militar do Maranhão Marco Antônio Terra foi flagrado, durante uma blitz policial na Avenida dos Holandeses (São Luís), dirigindo uma viatura da corporação, no bairro Ponta d’Areia. O adesivo que caracteriza os carros policiais havia sido retirado. Além disso, o rapaz foi liberado na barreira, mesmo com a descoberta da situação ilícita pelos militares. O Comando Geral da PMMA disse que abriu um procedimento de apuração do caso.

O fato aconteceu na noite do último dia 4, quando ocorria uma barreira da Polícia Militar, segundo apurado pela corporação. Ao ser parado na blitz, o filho do coronel Terra, que guiava uma caminhonete, informou aos militares que não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Durante o procedimento de averiguação, a guarnição descobriu, ainda, que o carro pertencia à PMMA e que o adesivo institucional foi arrancado.

Quando os policiais se preparavam para conduzir o rapaz à delegacia mais próxima, ele foi liberado, de forma inexplicável. Para agravar ainda mais a situação, o filho do coronel saiu dirigindo a viatura, como se nada tivesse acontecido.

Apuração do caso

Em nota, o Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão disse que determinou a abertura imediata de procedimento administrativo para apuração dos fatos. Dependendo do resultado dessa investigação militar, providências legais serão tomadas pela corporação. O objetivo é descobrir as circunstâncias da retirada do adesivo da viatura e por quais motivos o filho do coronel Terra foi liberado na blitz.

Agressão a PM

Em junho de 2017, o coronel Terra se envolveu em uma confusão dentro do Comando Geral da PMMA, em São Luís, após ter agredido uma policial militar, com quem o oficial tinha um relacionamento amoroso. A vítima relatou na Delegacia Especial da Mulher (DEM) que sofreu pelo menos três agressões físicas antes de entrar no prédio, onde foi novamente atacada.

Durante as agressões, o coronel Terra ainda efetuou um disparo de arma de fogo em via pública, para intimidar a policial militar. A PMMA abriu um inquérito militar para apurar o caso. A DEM também instaurou um inquérito policial para investigar a situação.

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