Aeronave militar

Chile descarta que alguém tenha sobrevivido à queda de avião

Segundo a Força Aérea, estado dos destroços faz com que seja ''praticamente impossível'' encontrar alguém com vida; corpos foram encontrados pelo navio brasileiro Almirante Maximiano, que participa das buscas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Avião Hercules C-13 da Força Aérea do Chile, similar ao modelo chileno que desapareceu
Avião Hercules C-13 da Força Aérea do Chile, similar ao modelo chileno que desapareceu (AFP)

SANTIAGO — Parentes dos passageiros do Hercules C-130 chileno que desapareceu na segunda-feira,9, enquanto voava com destino à Antártica receberam a notícia de que corpos foram encontrados na área onde equipes realizam buscas pela aeronave militar. Horas depois, a Força Aérea do Chile confirmou que destroços encontrados na véspera pertencem ao avião e descartou que alguém possa ter sobrevivido ao desastre.

Partes de corpos boiavam ao sul da última posição registrada do avião, antes que a aeronave perdesse comunicação com a base, quando sobrevoava a Passagem de Drake. A informação foi confirmada pelo prefeito de Magallanes, José Fernandéz, em um comunicado oficial. Segundo ele, os corpos foram encontrados pelo navio brasileiro Almirante Maximiano, que participa das buscas.

Mais tarde, ontem, 12, o chefe da Força Aérea do Chile, Arturo Merino , confirmou que os corpos encontrados pertencem aos ocupantes do avião desaparecido. Ele disse ainda que, devido à condição dos destroços e itens pessoais encontrados na véspera, é "praticamente impossível" que haja sobreviventes.

Ximena Hartsock, cunhada do segundo sargento Cristián Venegas Godoy, um dos passageiros do Hercules C-130, fez uma publicação no Twitter após receber a atualização sobre o caso.

"Nossas famílias foram informadas de que encontraram partes de corpos humanos no mar. Não temos mais esperança de sobreviventes. Momento muito difícil para nós. Espero unir o país em homenagem às vítimas. Meu cunhado descansa em paz", escreveu.

Antártica
Segundo a Força Aérea, o avião decolou da cidade de Punta Arenas, no extremo austral do Chile, às 16h55m (horário local e de Brasília) de segunda-feira. Ele se dirigia à Base Aérea Presidente Eduardo Frei Montalva, na Antártica, uma viagem de cerca de 2h30m de duração.

O avião, no entanto, perdeu contato com a base aérea às 18h13m, quando sobrevoava a Passagem de Drake, parte do Oceano Atlântico entre a América do Sul e a Antártica. Sua hora estimada de pouso era 19h17m. A bordo, estavam 17 membros da tripulação e 21 passageiros — 15 eram integrantes da Força Aérea, três do Exército, dois da empresa de construção privada Inproser e um funcionário da Universidade de Magallanes.

As operações de buscas mobilizam 640 pessoas, 21 aeronaves, 10 navios e quatro satelites, não só do Chile, mas também de Argentina, Uruguai e Brasil.

Em um comunicado, o Ministério da Defesa brasileiro informou na noite de quarta-feira,11, que o navio polar Almirante Maximiano, da Marinha, havia recolhido por volta das 15h45m, no horário de Brasília, itens pessoais e destroços compatíveis com a aeronave . Graças à sua tecnologia, o navio Almirante Maximiano permite rastrear o fundo do mar.

"As partes do avião e os objetos estavam a aproximadamente 280 milhas náuticas (518 km) de Ushuaia, na Argentina. O navio da Marinha do Brasil permanece na área de buscas em ações coordenadas com autoridades chilenas e duas lanchas do navio continuam a recolher destroços", segundo a nota enviada à imprensa.

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