Incêndios

Maranhão tem aumento de 32% em queimadas em relação a 2018

De 1º de janeiro até o dia 3 de dezembro, foram registrados 17.153 focos de incêndios; no mesmo período do ano passado, foram 13.029 pontos

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
De 1º de janeiro a 3 de dezembro, foram registrados 17.153 focos
De 1º de janeiro a 3 de dezembro, foram registrados 17.153 focos (queimadas)

O Maranhão permanece na terceira posição entre os estados brasileiros, com relação aos incêndios florestais. De 1º de janeiro a 3 de dezembro, foram registrados 17.153 focos. De acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCIT), no comparativo com os números do mesmo período do ano passado, houve aumento de 32%.

Conforme o Inpe, de 1º de janeiro até o dia 3 de dezembro do ano passado, foram 13.029 focos de queimadas, o que representou uma queda de 44% com relação ao mesmo período de 2017, que teve 23.292 pontos de incêndios florestais no estado. No que se refere aos dados de 2019, o Maranhão está atrás somente do Mato Grosso, com 30.596, e Pará, com 29.023 pontos.

Nos últimos cinco meses, foram registrados 445 focos de queimadas no Maranhão. Apesar dos números e da posição do estado no ranking nacional, o estado não possui nenhum município, dentre os 10 elencados pelo Inpe, com mais focos acumulados nos últimos cinco anos. Três cidades são paraenses, duas são do Mato Grosso do Sul, duas do Amazonas e as restantes de Rondônia, Mato Grosso e Tocantins.

Operações realizadas
Devido ao problema das queimadas, o Exército Brasileiro realizou, em conjunto com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMA), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Polícia Federal (PF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e outros órgãos a “Operação Verde Brasil”, que foi deflagrada para combater os incêndios florestais e também crimes ambientais na região da Amazônia Legal Maranhense. As ações foram iniciadas no dia 24 de agosto.

No total, as equipes efetuaram 55 ações de combates a incêndios florestais e fecharam dois garimpos ilegais. Foram capacitados 210 militares em ações de combate a queimadas. As instruções foram realizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar. Ademais, 21 militares do Exército da área de saúde receberam orientações sobre primeiros socorros relacionados às queimaduras.

Efetivamente, as equipes saíram de São Luís, no quartel do Batalhão de Infantaria Leve, no dia 28 de agosto, em direção aos municípios maranhenses que seriam alvos da “Operação Verde Brasil”. Nesses dois meses de operação, foram realizadas 15 patrulhas terrestres, 8 reconhecimentos aéreos, 12 Postos de Bloqueio e Controle de Estradas (PBCE), 3 Ações Cívico-Sociais (ACSo), 55 combates a focos de incêndios florestais e 5 ações de apoio logístico a agências.

Além disso, as equipes fecharam, juntamente com a PF, cinco madeireiras e dois garimpos ilegais. Os militares apreenderam mais de 780 m3 de madeira extraída ilegalmente, 30m3 de carvão e 40kg de carne de animais silvestres. Duas pessoas foram detidas nessas incursões.

“Maranhão sem Queimadas”
O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, paralelamente a “Verde Brasil”, realizou a operação “Maranhão sem Queimadas”. O trabalho objetivou controlar e combater os incêndios florestais, cujas causas, em sua maioria, são oriundas do uso de técnicas inadequadas de manejo do solo, como a corporação frisou. Os militares atuaram em grandes áreas de vegetação, incluindo as de preservação ambiental.

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), por sua vez, realiza ações de Educação Ambiental, por meio do “Programa Fogo Zero” e do “Dia D Contra as Queimadas”, além de palestras, para a conscientização da população maranhense sobre queimadas, como já informou em nota.

Queimadas
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além da ação humana, as queimadas também podem ser causadas pelo tempo seco nas regiões. Conforme o órgão, 80% do território nacional fica sem chuva nesta época do ano, o que propicia que o fogo se espalhe na vegetação. O Inpe diz que os efeitos desses incêndios são muitos, como a destruição da fauna e da flora, o empobrecimento do solo e a redução da penetração de água no subsolo.

Regionalmente, as queimadas causam poluição atmosférica e alteram ou destroem o ecossistema, modificam a composição química da atmosfera e até mesmo do clima no planeta.

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