Governo pode demitir mais de 700 funcionários, denuncia deputado estadual
Parlamentar do PV faltou do assunto emCésar Pires fez a denúncia em discurso na Assembleia Legislativa; funcionários são ligados à empresa Maranhão Parcerias, comandada pelo advogado Antônio Nunes discurso na Assembleia Legislativa
Mais de 700 funcionários estaduais – engenheiros, veterinários e administradores, que eram de órgãos extintos, como a Cohab e a Sagrima, e hoje pertencem à empresa Maranhão Parcerias (Mapa) - estão ameaçados de demissão pelo governo Flávio Dino (PCdoB).
A situação foi denunciada ontem pelo deputado César Pires (PV), que questionou a finalidade da Mapa, autarquia criada na atual gestão estadual.
“Essa organização é, na verdade, uma panaceia gerenciada por incapazes, que abriga os apadrinhados políticos do atual governo e ameaça demitir profissionais que estão há anos no serviço público”, disse César Pires, ao informar que, caso não sejam requisitados por outros órgãos, num prazo de 60 dias, esses profissionais hoje lotados na Mapa poderão ser exonerados.
Bens
César Pires informou que, por meio da Lei 11.140, o governo estadual determinou que os bens que integram o patrimônio previdenciário dos servidores estaduais fossem transferidos para a gestão da Mapa, empresa criada com a finalidade de administrar bens imóveis, inclusive estradas, condomínios e estacionamentos, e prestar serviços que atendem a áreas de conservação, limpeza, asseio, higienização, vigilância, portaria, copa, cozinha e serviços temporários.
“Mas mesmo com uma abrangência tão grande, a Mapa não quer absorver centenas de funcionários, que já foram penalizados com a redução de sua carga horária de 8 para 6 horas, com a equivalente diminuição dos seus salários. Qual o prazer que o governador tem em fazer isso com mais de 700 pessoas com 30 anos de serviço? O que motiva esse ódio pela população do Maranhão?”, questionou César Pires.
O deputado destacou que uma das atribuições da Mapa é gerenciar os imóveis do Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria (FEP), mas seus dirigentes sequer sabem informar quais são esses imóveis, pois já foram por ele questionados e não souberam responder.
“Quais foram os serviços prestados por essa empresa até agora? Nenhum. Só o que fizeram de concreto foi reduzir a carga horária e o salário de 700 funcionários que agora estão correndo o risco de perder seus empregos, depois de mais de 30 anos de serviços prestados”, afirmou.
Alvo são
trabalhadores
Para finalizar, César Pires acrescentou que os profissionais ameaçados de demissão são aqueles que efetivamente trabalharam a vida toda no sistema de agricultura do Maranhão, exatamente a área que deu recentemente os melhores indicadores econômicos para o estado e que foram alardeados pelo governador. “Estão fazendo com os servidores estaduais tudo aquilo que condenaram a vida toda”, concluiu ele.
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