Lançamento

Livro de ficção traz memória e experiência subjetiva

"O último trem da Cantareira" é a primeira obra de ficção do crítico, ensaísta e professor Antonio Arnoni Prado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Capa do livro "O último trem da Cantareira”,  de Antonio Arnoni Prado
Capa do livro "O último trem da Cantareira”, de Antonio Arnoni Prado (capa livro trem)

São Paulo - Minutos antes de subir ao palco para receber uma homenagem, um professor universitário é inesperadamente visitado por seus companheiros de infância — um bando de meninos que, longe dos livros, viviam soltos pelas quebradas do Tremembé, na zona norte de São Paulo, entregues a brigas e aventuras de todo tipo. Assim principia “O último trem da Cantareira”, primeiro livro de ficção do crítico, ensaísta e professor Antonio Arnoni Prado.

Autor de obras premiadas como “Itinerário de uma falsa vanguarda”(2010) e “Dois letrados e o Brasil nação” (2015), o escritor traz, nas páginas de seu novo livro, as ruas da Cantareira, o capinzal da Invernada, a curva da Junção, da Parada Santa e de tantas outras paradas ao longo da linha do trem, que ganham uma vida extraordinária, lembrando em parte “Os meninos da rua Paulo”, de Ferenc Molnár, mas também o filme “Morangos silvestres”, de Ingmar Bergman.

O resultado é um livro de alcance surpreendente em que a memória, lastreada na experiência subjetiva, tem ressonância coletiva — pequeno milagre que só a grande literatura costuma realizar.

Autor
Antonio Arnoni Prado nasceu em São Paulo, em 1943. É mestre (1975) e doutor (1980) pela FFLCH-USP, com pós-doutorado na Fondazione Feltrinelli, de Milão (1986). Desde 1979 leciona no Departamento de Teoria Literária da Unicamp, onde é professor titular. Entre seus trabalhos incluem-se a edição da crítica literária dispersa de Sérgio Buarque de Holanda em “O espírito e a letra”(Companhia das Letras, 1996, 2 vols.) e a publicação de uma coletânea de ensaios críticos reunidos em “Trincheira, palco e letras” (Cosac Naify, 2004).

Pela Editora 34 publicou “Itinerário de uma falsa vanguarda: os dissidentes, a Semana de 22 e o Integralismo” (2010, Prêmio Mário de Andrade da Fundação Biblioteca Nacional), “Lima Barreto: uma autobiografia literária” (2012) e “Dois letrados e o Brasil nação” (2015, vencedor do Prêmio Rio de Literatura na categoria ensaio).

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