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Flamengo, Flamengo!

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Desde tenra idade se escolhe um time para torcer e se orgulhar. Por isso, qualquer conquista do time do coração sempre se torna algo inesquecível. Por essa razão, a nação rubro-negra está se esbaldando pelos quatro cantos do país, quiçá do mundo. Afinal, no mesmo fim de semana, o Flamengo conseguiu a façanha de ser campeão, melhor, bicampeão da América (sábado) e campeão brasileiro (domingo). Oficialmente, o Flamengo possui apenas seis títulos, mas, no imaginário do torcedor, o Mengão é heptacampeão.

Ser campeão da América significa transformar um sonho acalentado por trinta e oito anos em realidade, vez que, em 23 de novembro de 1981, no Estádio Centenário, em Montevidéu, o Flamengo com um timaço conquistou a Taça Libertadores da América pela primeira vez com dois gols de Zico, o nosso eterno Galinho de Quintino. Em 2019, porém, numa partida sublimada em menos cinco minutos, o Flamengo tornou-se campeão da América pela segunda vez ao vencer o River Plate com dois gols de Gabigol no Estádio Monumental de Lima, Peru, em 23 de novembro. Por essa razão, o Flamengo passa a ocupar também um lugar de destaque no seleto grupo dos bicampeões da América.

Com as finanças em ordem, a diretoria sequer mediu esforços para montar uma equipe vencedora... Já são quatro títulos conquistados este ano: a Florida Cup, o Campeonato Carioca, a Conmebol Libertadores e o Brasileirão (24/11) com quatro rodadas de antecedência. Um feito inédito na história do futebol brasileiro. Feito que, aliás, deve ser lembrado, enaltecido e, sobretudo, eternizado no imaginário dos torcedores, mas também por quem sabe aplaudir ou apreciar o futebol arte. Sem dúvida, arte é o futebol que o Flamengo tem praticado pelos gramados por onde joga.

Comandado pelo mister Jorge Jesus, o Flamengo atingiu o grau de excelência na parte física e técnica. Da defesa ao ataque, tudo funciona como uma orquestra sob a regência de um maestro que inspira e expira sempre na intenção de alcançar os melhores resultados ou, então, a melhor performance, afinal, sem exceção, cada jogador sabe que não se pode desafinar diante da imensa plateia. Plateia formada por milhares de espectadores que vibram com as jogadas idealizadas ou improvisadas, sobretudo as que terminam no fundo da rede.

Ao Flamengo, resta ainda o Mundial de Clubes em dezembro. Talvez apenas um replay de 1981, vez que nesse ano o Flamengo se sagrou campeão do mundo ao derrotar o Liverpool por 3 x 0, no Estádio Olímpico de Tóquio, em 13 de dezembro. Agora, em 2019, surge a chance de repetir a mesma proeza contra os poderosos Reds em Doha, no Catar, em 21 de dezembro. Por isso, os deuses do futebol estão a alinhavar o destino de Liverpool e Flamengo para que façam da final uma partida de futebol memorável, pois cada jogador defenderá seu clube com muita técnica, raça e, sobretudo, com o coração na ponta da chuteira! Quiçá os ventos soprados pelo deus Éolo sigam na direção da Gávea. E, assim, o Mengão se torne mais uma vez campeão, melhor, bicampeão do mundo.

José Rafael de Oliveira

Médico, membro da SOBRAMES

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