Interferência

China alerta EUA de consequências por lei sobre Hong Kong

Nova lei determina que o Departamento de Estado norte-americano se certifique anualmente de que Hong Kong mantém autonomia suficiente que justifique o comércio com os EUA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Manifestantes pulam grande depois de tentarem fugir e serem atingidos por gás lacrimogêneo
Manifestantes pulam grande depois de tentarem fugir e serem atingidos por gás lacrimogêneo (Reuters)

PEQUIM - A China alertou os Estados Unidos ontem,28, de que vai adotar "contramedidas firmes" em resposta à legislação dos EUA apoiando manifestantes contrários ao governo em Hong Kong, e disse que tentativas de interferir no território semiautônomo, comandado pela China, estão destinadas a falhar.

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou em lei na quarta-feira,27, uma legislação do Congresso que defende os manifestantes, apesar das objeções de Pequim, com a qual Trump busca um acordo para acabar com a guerra comercial.

De acordo com a agência Reuters, o texto determina que o Departamento de Estado norte-americano se certifique anualmente de que Hong Kong mantém autonomia suficiente que justifique os termos de comércio favoráveis com os EUA, o que ajudou Hong Kong tornar um centro financeiro mundial.

Além disso, a lei também ameaça com sanções se houver violações aos direitos humanos, e proíbe a exportação de armas de efeito moral para a polícia de Hong Kong.

Pequim alertou que os EUA devem arcar com as consequências das contramedidas da China se continuar a "agir arbitrariamente" em relação a Hong Kong, disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

O vice-chanceler chinês, Le Yucheng, também convocou o embaixador norte-americano, Terry Branstad, ontem, 28, e exigiu que Washington pare imediatamente de interferir nas questões domésticas da China.

Após 11 dias

Ontem pela manhã, 28, quando a polícia e os bombeiros entraram no campus da Universidade Politécnica de Hong Kong (PolyU) após 11 dias de cerco. Nenhum ocupante estava no local onde paredes foram pintadas com grafites hostis à polícia.

A universidade foi o epicentro dos protestos em 16 e 17 de novembro, quando começaram os confrontos violentos entre os manifestantes e as forças de ordem.

Armados com arcos, flechas e coquetéis molotov, os manifestantes entraram em confronto com a polícia, que respondeu com disparos de balas de borracha, gases lacrimogêneos e jatos de água.

Desde então, um grupo permaneceu entrincheirado na universidade que ficou cercada pela polícia. Uma parte dos manifestantes conseguiu fugir.

Os polícia recolheram dezenas de bombas incendiárias e garrafas de produtos químicos que haviam sido retiradas dos laboratórios da universidade.

As autoridades expuseram nos pátios galões de gasolina, coquetéis Molotov fabricados em garrafas de vinho e garrafas de vidro com produtos químicos.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.