PEQUIM - A China alertou os Estados Unidos ontem,28, de que vai adotar "contramedidas firmes" em resposta à legislação dos EUA apoiando manifestantes contrários ao governo em Hong Kong, e disse que tentativas de interferir no território semiautônomo, comandado pela China, estão destinadas a falhar.
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou em lei na quarta-feira,27, uma legislação do Congresso que defende os manifestantes, apesar das objeções de Pequim, com a qual Trump busca um acordo para acabar com a guerra comercial.
De acordo com a agência Reuters, o texto determina que o Departamento de Estado norte-americano se certifique anualmente de que Hong Kong mantém autonomia suficiente que justifique os termos de comércio favoráveis com os EUA, o que ajudou Hong Kong tornar um centro financeiro mundial.
Além disso, a lei também ameaça com sanções se houver violações aos direitos humanos, e proíbe a exportação de armas de efeito moral para a polícia de Hong Kong.
Pequim alertou que os EUA devem arcar com as consequências das contramedidas da China se continuar a "agir arbitrariamente" em relação a Hong Kong, disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
O vice-chanceler chinês, Le Yucheng, também convocou o embaixador norte-americano, Terry Branstad, ontem, 28, e exigiu que Washington pare imediatamente de interferir nas questões domésticas da China.
Após 11 dias
Ontem pela manhã, 28, quando a polícia e os bombeiros entraram no campus da Universidade Politécnica de Hong Kong (PolyU) após 11 dias de cerco. Nenhum ocupante estava no local onde paredes foram pintadas com grafites hostis à polícia.
A universidade foi o epicentro dos protestos em 16 e 17 de novembro, quando começaram os confrontos violentos entre os manifestantes e as forças de ordem.
Armados com arcos, flechas e coquetéis molotov, os manifestantes entraram em confronto com a polícia, que respondeu com disparos de balas de borracha, gases lacrimogêneos e jatos de água.
Desde então, um grupo permaneceu entrincheirado na universidade que ficou cercada pela polícia. Uma parte dos manifestantes conseguiu fugir.
Os polícia recolheram dezenas de bombas incendiárias e garrafas de produtos químicos que haviam sido retiradas dos laboratórios da universidade.
As autoridades expuseram nos pátios galões de gasolina, coquetéis Molotov fabricados em garrafas de vinho e garrafas de vidro com produtos químicos.
Saiba Mais
- Exportadores da China veem margens caírem com gargalos e yuan valorizado
- China faz crítica a secretário dos EUA por "arrogância"
- Índia acusa China de "ações provocativas" na área de fronteira
- Embaixador da China em Israel é encontrado morto em casa
- China registra aumento do número de casos da Covid-19 em 24 horas
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.