Destruição

Terremoto na Albânia deixa ao menos 18 mortos e 600 feridos

Tremor de 6,4 graus na escala Richter foi o mais forte na região desde 1926; extensão de danos materiais ainda não é conhecida; as autoridades mobilizaram 300 militares para participar em operações de emergência em Durres e Thumane

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Equipes de emergência trabalham para resgatar soterrados em escombros na cidade de Thumane, ao norte de Tirana
Equipes de emergência trabalham para resgatar soterrados em escombros na cidade de Thumane, ao norte de Tirana (AFP)

Legenda/AFP

Equipes de emergência trabalham para resgatar soterrados em escombros na cidade de Thumane, ao norte de Tirana

TIRANA - Ao menos 18 pessoas morreram e 600 ficaram feridas após um terremoto de 6,4 graus na escala Richter que ocorreu na Albânia na madrugada de ontem, 26. Segundo o Ministério da Defesa do país, houve também danos materiais, mas sua extensão ainda não é conhecida.

O terremoto foi sentido às 3h54 (23h54 de segunda-feira, no horário de Brasília). Os moradores de Tirana, assustados, correram para as ruas. Segundo o sismólogo albanês Rrapo Ormeni, este foi o terremoto mais intenso registrado na região desde 1926.

O epicentro do tremor foi localizado no Mar Adriático, 34 km ao noroeste de Tirana, a 10 quilômetros de profundidade, de acordo com o Centro Sismológico Euromediterrâneo. Segundo a ministra da Saúde, Ogerta Manasterliu, os feridos foram atendidos em hospitais da capital e das cidades de Durres, na costa, e de Thumane, ao norte, bastante afetadas pelo tremor.

Quatro corpos, incluindo o de uma criança, foram retirados dos escombros em Durres, onde um hotel desabou e outros edifícios ficaram gravemente danificados. Outros três mortos foram encontrados soterrados em Thumane. Na cidade vizinha de Kurbin, um homem de 50 anos morreu após pular de seu apartamento. Uma outra pessoa faleceu em um acidente de trânsito após a estrada por onde passava ser destruída com o tremor.

Operações

De acordo com o Ministério da Defesa, as autoridades mobilizaram 300 militares para participar em operações de emergência em Durres e Thumane, onde várias pessoas estão presas nos escombros. Moradores de ambas as cidades tentam retirar os destroços com pás em busca de eventuais vítimas, além de tentar se comunicar por telefone com parentes e amigos soterrados.

"Estamos trabalhando para fazer todo o possível nos locais afetados", afirmou o primeiro-ministro Edi Rama. Além dos Estados Unidos e da União Europeia, países da região, como a Grécia, a Sérvia e Kosovo ofereceram ajuda imediata para o governo da Albânia.

Vários tremores secundários foram sentidos depois do terremoto: o mais forte atingiu a magnitude de 5,3 graus na escala Richter, informou o Centro Sismológico Euromediterrâneo. As escolas do país cancelaram suas aulas nesta terça-feira, enquanto o aeroporto da capital interrompeu as decolagens em razão de danos estruturais.

Segundo jornais locais e postagens em redes sociais, o tremor principal foi sentido em diversos pontos da região dos Balcãs, como Saraievo, a 400 km de distância, e Novi Sad, na Sérvia, a 700 km do epicentro.

Em setembro, a mesma região da Albânia foi palco de um terremoto de 5,6 graus da escala Richter. Na ocasião, aquele tremor havia sido considerado pelas autoridades como o mais forte dos últimos 20 a 30 anos.

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