São Luís - Radicado em Londres há mais de 20 anos, o artista plástico maranhense Geraldo Frazão está em São Luís e amanhã, às 19h, na Galeria do Sesc, Condomínio Fecomércio (Avenida dos Holandeses), apresenta a exposição “Gatos”, sua primeira mostra individual desde “Em busca de uma imagem”, montada em 1997, ano em que seguiu para a Inglaterra. No evento, o artista apresentará performance inspirada na vida de Pina Bausch, uma de suas referências estéticas. A exposição ficará em cartaz até o dia 9 de dezembro.
A exposição reúne 25 obras produzidas nos últimos três anos, a maioria delas fruto da parceria com os poetas William Amorim e Roseana Murray para o livro “Gatos”, lançado este ano. Nessa série, ele utiliza a técnica mixed media, que mistura xerox, colagens, pintura e fotografia.
“Não quis imprimir um rigor técnico às obras, pois estou fugindo dessa preocupação com o domínio da técnica, que para mim é muito tensa. Quero, de certa forma, desconstruir todo o conhecimento que adquiri nas últimas duas décadas”, afirma.
A pintura de Geraldo Frazão fala de si mesmo e do drama humano, mas quando pinta e expõe, ele diz não querer conduzir o olhar de quem vê os quadros. “A arte recria o homem e sua existência. Creio e crio a partir dessa percepção do mundo”, explica.
A exposição de 1997 apresentava quadros abstratos, em que o artista trabalhava com metalinguagem, ou seja, a pintura falando sobre ela mesma. Nessa época, Geraldo Frazão também se sentia atraído por ideias e imagens urbanas. “Eu já tinha minhas investigações com fotografia e cinema, como meios de expressão”, diz.
Cosmopolita
Um curso no Parque Lage (RJ) o aproximou do professor Charles Watson, que lhe abriu a possibilidade de estudar fora do país. Depois de curtas temporadas em São Paulo e Nova York, chegou a Londres. “É uma cidade cosmopolita, conheço gente do mundo todo, me identifico com o que acontece lá”, diz.
Na capital inglesa, ele fez um curso técnico de mixed media na Central Saint Martins e reinventou sua pintura. Mas não seria fácil sobreviver apenas como artista visual, por isso se formou também na London College of Fashion e passou a viver de moda. “Só agora estou conseguindo me libertar e viver apenas como artista plástico”, afirma.
A presença de Geraldo Frazão no livro de William Amorim e Roseana Murray resultou em um casamento perfeito, segundo o poeta. “Impossível não ser instigado pela obra de Geraldo. Suas obras interrogam e descentram o leitor com uma potência indescritível”, disse William Amorim.
Quando leu os poemas do livro, Geraldo foi tocado diretamente. “Fiquei muito feliz com esse encontro. O gato é um animal doméstico, próximo, místico, um espectador. Pode ser você, pode ser eu, pode ser qualquer um”, diz.
Serviço
O quê
Exposição “Gatos”
Quando
Abertura amanhã, às 19h
Onde
Galeria do Condomínio Fecomércio (Avenida dos Holandeses)
Entrada franca
Saiba Mais
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