Violência

Protestos no Iraque deixam mais mortos e dezenas de feridos

Pelo menos 4 pessoas morreram e 48 ficaram feridas durante manifestações em Bagdá ontem,21. Número de mortos em protestos no país já passa de 300

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Manifestante segura bandeira durante protesto ontem em Bagdá, no Iraque
Manifestante segura bandeira durante protesto ontem em Bagdá, no Iraque (Reuters)

BAGDÁ - Quatro pessoas morreram e 48 ficaram feridas ontem,21, em Bagdá, no Iraque, depois que as forças de segurança do país dispararam tiros e bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes perto de duas pontes importantes na cidade.

Duas das vítimas fatais foram atingidas diretamente na cabeça com balas e recipientes de gás, segundo fontes médicas e de segurança. Elas morreram depois de serem levadas ao hospital. As outras duas pessoas morreram perto de duas pontes, a Sinak e a al-Ahrar.

Os manifestantes ainda estão se mantendo, controlando partes de três grandes pontes no centro de Bagdá que levam à Zona Verde fortificada - onde estão localizados prédios do governo e embaixadas estrangeiras.

Mais de 300 pessoas morreram desde o início dos protestos em massa em Bagdá e no sul do Iraque, no início de outubro. São as maiores manifestações desde a queda de Saddam Hussein em 2003. Os iraquianos se queixam principalmente da corrupção, do desemprego e da decadência dos serviços públicos.

O uso de munição real, gás lacrimogêneo e granadas de som contra manifestantes praticamente desarmados vem alimentando a agitação.

Os protestos são uma demonstração de raiva do público contra uma elite dominante, vista como se enriquecendo do Estado e servindo potências estrangeiras, especialmente o Irã. Muitos iraquianos estão na pobreza, sem emprego, saúde ou educação.

A agitação destruiu a relativa calma que se seguiu à derrota do Estado Islâmico em 2017.

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