Editorial

Ainda nem é dezembro...

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Ainda nem é dezembro, mas a decoração natalina já começa tomar as vitrines das lojas e as praças de eventos dos shoppings. O verde, vermelho e dourado já predominam e a ideia de comprar presentes para os queridos também se aproxima, aguardando apenas a chegada do 13° salário para começar as incursões pelas lojas. Também já se pensa na ceia farta, nas festas e confraternizações regadas a boa comida e bebida.

Ainda nem é dezembro, mas já pode-se ouvir Simone cantando que já é Natal e perguntando "o que você fez". E aí bate aquela dor na consciência pela dieta que parou antes do fim de janeiro, da academia que sequer se matriculou, das boas ações que se comprometeu em fazer, mas acabou deixando para depois e não o fez. Se lembra das promessas vazias de atuar no voluntariado da empresa, visitar hospitais, ou ainda fazer tarefas simples com grupos solidários, como entregar sanduíches nas praças ou fazer kits de higiene para moradores de rua. Tudo esquecido com o passar dos dias e do ano.

Ainda nem é dezembro, mas a dor na consciência já é maior do que o espírito natalino e talvez seja ela a grande motivadora dele, tornando-o nada mais é do que o acerto de contas de muitos, que nada fizeram o ano inteiro por ninguém, com aqueles que precisam de atenção há muito tempo. Longe de generalizar, porque bem se sabe que há aqueles que se preocupam com os carentes e necessitados o ano todo, mas os solidários de fim de ano sempre dão uma forcinha extra nas ações sociais realizadas no período natalino.

Ainda nem é dezembro, mas já há milhares de cartinhas de crianças carentes aguardando um bom samaritano para atender seus desejos de Natal. Desejos que seus pais não tem condição de atender, por mal ter posses para garantir o pão de cada dia, mais difícil ainda nos últimos tempos, com o massacre contínuo aos menos afortunados. As cartinhas do programa Papai Noel dos Correios já estão à disposição e qualquer um pode adotá-las, se comprometendo apenas em fazer o sonho dos pequenos realidade. Empresas também podem abraçar a causa e fazer mutirões com seus funcionários para deixar uma criança feliz no Natal.

Ainda nem é dezembro, mas já há um sem fim de ações sendo preparadas para que o fim do ano seja de esperança para os mais pobres, com ceia, presente e atenção. Pode-se doar cestas básicas à LBV, ajudar a angariar presentes para o Natal da vovó Bibita, ou dos Filhos de Helena, atividades que já acontecem há alguns anos na ilha, coordenadas por pessoas de bom coração. Há ainda a possibilidade de ir ao Asilo de Mendicidade e apenas ouvir o que os idosos dali tem a dizer, dar a eles um pouco da sua atenção, que é essencial a eles.

Ainda nem é dezembro e os planos para um Natal solidário já podem estar preparados e os reparos na consciência sanados. Que tal não esperar dezembro chegar para poder responder, sem titubear, o trecho da canção… "Então é Natal...e o que você fez?"

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