Economia

"Flávio Dino colocou o MA na liderança da pobreza", diz Hildo Rocha

Segundo o IBGE, em dois anos, 223 mil pessoas entraram na extrema pobreza no estado.

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
(Hildo Rocha)

O empobrecimento do Maranhão repercutiu na Câmara Federal por meio de pronunciamento do deputado federal Hildo Rocha. O parlamentar destacou que, de acordo com a Síntese Econômica e Social do Brasil, divulgada pelo IBGE, o Maranhão foi alçado à condição de líder no quesito pobreza.

Segundo o levantamento, em dois anos, 223 mil pessoas entraram na extrema pobreza no Maranhão. Em 2016, o percentual de maranhenses na extrema pobreza era de 16,9% da população, o que corresponde a quase 1,1 milhão de pessoas. Em 2018, o número no estado subiu para 19,9% (1,3 milhão), um acréscimo de aproximadamente 223 mil pessoas nessa situação.

Para Rocha, essa foi uma “conquista” do governo Dino. “O governador Flávio Dino conseguiu colocar 20% da população maranhense na extrema pobreza e 53% em situação de pobreza. Isso é o que afirmam os dados da pesquisa do IBGE divulgada recentemente”, enfatizou.

Promessas – O parlamentar ressaltou que Dino foi eleito com a promessa de que seria o governador da redenção do Maranhão, entretanto fracassou em todos os setores da administração pública.

“Quando estava em campanha, o governador prometeu tirar as pessoas da pobreza, disse que melhoraria as estradas, daria transparência e eficiência ao serviço público do Estado. Mas, o que podemos constatar, cinco anos depois, é que o governo só conseguiu aumentar a quantidade de pobres, as desigualdades sociais aumentaram durante o governo de Flávio Dino”, enfatizou o parlamentar.

O deputado Hildo Rocha lembrou que, diferentemente do que dizem aliados e a propaganda oficial, o Maranhão vai de mal a pior.

“Hoje não temos mais aquelas boas estradas estaduais, quase todas estão acabadas, por falta de manutenção. A saúde pública a cada dia fica pior, os hospitais estão fechando, recentemente fechou o Hospital de Lago dos Rodrigues. O povo está sofrendo muito porque não consegue fazer exames, não consegue fazer consultas especializadas. Para fazer cirurgia tem que buscar padrinhos. Os remédios que deveriam ser entregues gratuitamente sumiram das farmácias do estado. O governador não consegue sequer administrar a rede de saúde estadual que ele recebeu bem estruturada, com as UPA's, centros de especialidades, laboratórios, hospitais de referência e hospitais regionais que funcionavam com eficiência. A incompetência do governo Flávio Dino está destruindo o Maranhão”, completou.

Senador questiona números do PIB

No fim de semana, o senador Roberto Rocha (PSDB) questionou nas redes sociais a comemoração do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pelo crescimento do PIB do Maranhão em 2017. Segundo dados do IBGE, o Maranhão teve o quarto maior aumento do PIB entre todos os estados brasileiros em 2017, com alta foi de 5,3%.

Também nas redes, o Dino exaltou os números, conseguidos, principalmente, pelo bom desempenho de atividades privadas do agronegócio.

Em sua postagem, Rocha lembrou que há menos de dez dias o governador usava o Twitter para sentenciar que o setor privado não seria capaz de “puxar investimentos”.

“A Petrobras, tão atacada pelos entreguistas que se disfarçam de verde e amarelo, salvou o ‘megaleilão’ hoje. Deveria servir de reflexão para quem acredita que o setor privado puxará investimentos. Isso nunca aconteceu no mundo. Sem setor público forte não há investimentos”, escreveu o governador.

Segundo o tucano, ao comemorar o PIB, Flávio Dino “esqueceu” de citar que os números são fruto de investimento privado.

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