Ex-presidente boliviano

Morales diz que não se sente responsável pela atual crise na Bolívia

Ele reconheceu, entretanto, que pode ter cometido erros; na avaliação dele, seu principal erro "foi derrotar os adversários"

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Muitos protestos têm ocorrido nos últimos dias na Bolívia por simpatizantes de Evo e opositores
Muitos protestos têm ocorrido nos últimos dias na Bolívia por simpatizantes de Evo e opositores (Reuters)

MÉXICO - O ex-presidente boliviano Evo Morales disse na sexta-feira,15, no México, onde está no exílio, que não se sente responsável pela atual crise na Bolívia, mas reconheceu que possivelmente tenha cometido erros.

Na avaliação dele, seu principal erro "foi derrotar os adversários". "Somos seres humanos, mas nunca pensamos em prejudicar o povo boliviano", afirmou.

Em entrevista ao programa En Punto, da rede Televisa, Morales afirmou que "por enquanto" não se vê de volta à presidência de seu país. Na avaliação dele, o país está "no estágio de recuperar a democracia e derrotar a ditadura". Na última terça (12), ao chegar ao México, Morales disse que houve um golpe de Estado na Bolívia.

"Por enquanto não", disse Morales quando perguntado sobre um possível retorno à presidência boliviana, após renúncia no domingo passado, em meio a protestos sociais e uma abordagem militar.

"Agora estamos no estágio de recuperação da democracia, derrotando a ditadura. Estou feliz, porque agora saberão quem somos", acrescentou.

Para Morales, "quando alguém está no poder há muito tempo, também se desgasta, mas vencemos o primeiro turno e não querem reconhecê-lo".

"Vencemos quatro eleições consecutivas. Levamos em conta os diferentes setores sociais. No início do meu governo, não havia muita participação do setor industrial", afirmou.

Quinta-feira,14, o ex-presidente da Bolívia pediu ao papa Francisco e à Organização das Nações Unidas (ONU) que intercedam para "pacificar" o país em convulsão.

Após a renúncia e saída de Evo do país, a senadora de oposição Jeanine Áñez, do partido Unidad Demócrata, declarou-se presidente da Bolívia. Ela removeu a cúpula militar e prometeu eleições "no menor tempo possível".

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