PIB

PIB do Maranhão volta a crescer após dois anos de queda

Segundo dados do IBGE, o resultado positivo do Produto Interno Bruto do estado em 2017 teve como principal fator o desempenho do setor agropecuário, que apresentou a maior variação em volume entre 2016 e 2017

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Após dois anos de queda (2015 e 2016), o Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão voltou a crescer. Segundo dados das Contas Regionais 2017, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação positiva corresponde a 5,3% e o valor corrente a R$ 89,52 bilhões, o que representou 1,4% do PIB do Brasil.

O desempenho para cima teve contribuição maior por parte da Agropecuária, que apresentou a maior variação em volume entre 2016 e 2017 em comparação aos demais grupos de atividades: 37,7%, participando com 9,5% do total do valor adicionado bruto da economia do estado em 2017, contra 8,0% em 2016.

A Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita foi a atividade que mais influenciou o resultado da agropecuária maranhense, já que seu crescimento em volume foi de 77,1%. Dada a regularidade das chuvas no estado em 2017, houve aumento significativo na área plantada que resultou em supersafra de grãos, situação distinta da verificada em 2016 em que severa estiagem atingiu o estado.

Com relação às demais atividades da Agropecuária, destaca-se que produção florestal, pesca e aquicultura também apresentaram aumento no volume (4,0%) e somente a Pecuária, inclusive apoio à pecuária registrou variação negativa (-0,2%).

A Indústria apresentou variação negativa em volume de 3,5% do valor adicionado e participação de 17,0% em 2017, marcando recuo de 0,4 ponto percentual em relação a 2016 (17,4%). O desempenho negativo foi justificado pelas quedas em volume das atividades de Construção (-10,2%), Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (-2,0) e Indústrias extrativas (-12,9%). Em Indústrias extrativas, houve redução da extração de petróleo e gás natural.

A Construção, por sua vez, foi afetada pela conjuntura de retração de investimento, com as paralisações de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a exemplo da duplicação da BR 135, e do Programa Minha Casa Minha Vida. Em contrapartida, o setor de Indústrias de Transformação registrou crescimento em volume de 2,8% em 2017, impulsionado principalmente pelo desempenho das atividades de celulose e de metalurgia.

Já Serviços obteve variação em volume de 4,1% em 2017. Apesar do volume positivo, o grupo de atividade perdeu participação no valor adicionado bruto do estado, saindo de 74,7% em 2016 para 73,5% em 2017. Dentre as atividades que mais contribuíram para a perda de valor relativo, destacaram-se: Comércio e recuperação de veículos automotores e motocicletas e Transporte, armazenagem e correio.

Em termos de volume, a atividade com maior crescimento foi Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços, com variação de 10,7%. Já a atividade de Serviços domésticos, que obteve uma das menores participações na economia do Maranhão (1,0%), apresentou queda em volume de 4,2% em relação a 2016.

Mais

PIB per capita

O PIB per capita do Brasil foi de R$ 31.702 em 2017, com variação de 4,2% em valor em relação a 2016 (R$ 30.422). O Distrito Federal se manteve como maior PIB per capita brasileiro, com o valor de R$ 80.502, cerca de 2,5 vezes maior que o PIB per capita do país. Maranhão (27º) e Piauí (26º), por sua vez, foram os menores PIB per capita do Brasil em 2017.

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