Conquista

Selo homenageia maranhense que viajou a 140 países

Selo foi entregue a Luiz Thadeu, em cerimônia realizada na Biblioteca Pública Benedito Leite

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Luiz Thadeu Nunes recebeu selo de Eduardo Silva e Silva, dos Correios
Luiz Thadeu Nunes recebeu selo de Eduardo Silva e Silva, dos Correios (Selo Luiz Thadeu)

O maranhense Luiz Thadeu Nunes e Silva, que possui mobilidade reduzida em decorrência de um acidente de trânsito que sofreu em 2003, foi homenageado, na tarde desta quarta-feira, 13, na Biblioteca Pública Benedito Leite, na região central de São Luís. Na ocasião, foi lançado um selo personalizado dos Correios, que contém uma foto dele e um pequeno texto sobre o que conquistou nesses últimos 10 anos. O engenheiro agrícola já viajou a 140 países, o que o colocou no Livro dos Recordes Brasil.

A cerimônia de entrega do selo personalizado aconteceu no Espaço Braille da biblioteca, por volta das 15h30, com a presença de familiares, amigos, admiradores e convidados de Luiz Thadeu, que está sendo chamado internacionalmente de “Marco Polo moderno”. Durante o evento, foi aberta ao público a exposição de fotografias do viajante, retratando as experiências vividas em suas visitas aos países, em um projeto que começou em 2009, quando foi à Europa, ao encontro do filho, que estudava inglês em um intercâmbio.

A entrega do selo foi realizada por Sílvio Eduardo Silva e Silva, coordenador Regional de Vendas dos Correios/MA. “O selo foi distribuído em todo o Brasil pela Casa da Moeda. Além do Brasil, também foi para o exterior, mostrando a história de um viajante, que sou eu. Os Correios reconhecem que sou a pessoa com mobilidade reduzida que mais viajou o mundo. Por essa conquista de eu ter chegado a 140 países, estou sendo homenageado. Todas as minhas viagens estão registradas e documentadas em passaportes”, expressou Luiz Thadeu.

Escolha da biblioteca
De acordo com o “wanderlust”, termo alemão que se refere às pessoas que adoram viajar, o selo será enviado para colecionadores de outros países com os quais o Brasil tem acordo. O engenheiro agrícola disse que a homenagem aconteceu na Biblioteca Benedito Leite porque, na década de 1970, ele frequentava o local, época em que lia vários livros. Um dos que mais gostava é a obra clássica “A volta ao mundo em 80 dias”, de Júlio Verne.

“Eu era estudante, garoto humilde, que vinha para cá e tinha acesso a todos os livros. Eu conheci o mundo através dessa biblioteca. Eu li bastante Júlio Verne . E o incrível é que hoje eu vou fazer uma volta ao mundo completa em 60 dias”, declarou o viajante. Para o coordenador Regional de Vendas dos Correios, a entrega dos selos para Luiz Thadeu foi uma satisfação, tendo em vista que ele superou todas as suas limitações físicas para realizar um projeto ambicioso.

“Eu fiquei muito feliz quando conheci a história dele. É um homem que, após o acidente, tinha tudo para dizer que a vida estava acabada. Ele não. A vida dele, como dizem, começou depois do acidente. A vida dele nos inspira. A gente determinou que a história dele merecia ser eternizada por nossa instituição”, frisou Sílvio Eduardo.

Volta ao mundo
Luiz Thadeu disse que vai realizar uma “volta ao mundo”, a partir de março de 2020. Essa “epopeia” será diferente das outras porque, nas anteriores, as visitas aos continentes eram pontuais. Dessa vez, será ininterrupta, ou seja, de forma contínua. Nesse novo desafio, um dos objetivos é conhecer ilhas localizadas no Oceano Pacífico que são pouco procuradas por turistas.

“Eu vou sair de São Luís. Durante 90 dias, vou pisar em todos os continentes de maneira contínua. Essa viagem tem de ser minuciosamente estudada, pois irei sozinho para as ilhas mais remotas da Terra, lá no Pacífico, onde quase ninguém vai”, observou o “wanderlust”, como gosta de ser chamado. Da capital maranhense, Luiz partirá para São Paulo. Em seguida, aos Estados Unidos da América (EUA). De avião, atravessará o Oceano Atlântico até a Europa, onde irá à Holanda. Lá, passará uma semana. Depois, seguirá a Argélia, no continente africano.

O circuito de Thadeu terá prosseguimento até a China, depois de retornar à Holanda. “Eu vou demorar mais na Ásia, porque vou até a Coreia do Norte. Aí, irei às pequenas ilhas do Pacífico, até sair na Austrália”, descreveu o engenheiro agrônomo.

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