Conflito

Maduro denuncia ''ataque'' à Embaixada da Venezuela em Brasília

Em nota, o regime chavista acusa as autoridades policiais brasileiras de ''atitude passiva''

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
​Manifestantes pró-Maduro fazem ato na embaixada da venezuela, em Brasília
​Manifestantes pró-Maduro fazem ato na embaixada da venezuela, em Brasília (G1)

CARACAS/BRASÍLIA - O regime de Nicolás Maduro na Venezuela publicou nota ontem, 13, em que chama de "ataque cometido por grupos violentos" o ato ocorrido na Embaixada venezuelana em Brasília. Pela manhã, um grupo de apoiadores do autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, entrou na representação do país vizinho – o que gerou conflito de versões entre os dois lados.

No comunicado, o governo chavista critica o que classificou como "atitude passiva das autoridades policiais brasileiras, em desatenção de suas obrigações de proteção das sedes diplomáticas e seu pessoal".

O comunicado também diz que o regime venezuelano exige ao governo brasileiro "o cumprimento de suas obrigações como Estado parte da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, que estabelece a obrigação de proteger sedes diplomáticas em qualquer circunstância".

A posição do regime de Maduro contrasta com a declaração do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O órgão brasileiro negou que o presidente Jair Bolsonaro tenha incentivado invasão à Embaixada venezuelana e disse que "as forças de segurança, da União e do Distrito Federal, estão tomando providências para que a situação se resolva pacificamente e retorne à normalidade".

Mais cedo, o chanceler do regime Maduro, Jorge Arreaza, chamou o Ministério das Relações Exteriores brasileiro de "vergonha" por "avalizar o ataque violento a uma embaixada de um país soberano, a poucas quadras da sede onde ocorre a reunião dos Brics".

Conflito de versões

O atual responsável pela embaixada, Freddy Meregote, encarregado de negócios que foi nomeado pelo governo Maduro, afirma que o imóvel foi invadido. Porém, o grupo pró-Guaidó diz que funcionários "abriram as portas voluntariamente".

A Polícia Militar foi chamada para reforçar a segurança do local. A corporação informou que, por volta das 5h, pelo menos 14 pessoas haviam ultrapassado os portões. Do lado de fora, cerca de 30 manifestantes demonstravam apoio ao atual corpo diplomático – nomeado por Maduro.

Por volta das 8h, o grupo pró-Maduro forçou a entrada da embaixada, e apoiadores de Guaidó estacionaram um carro na frente do portão, pelo lado de dentro. A PM separou a confusão com gás de pimenta e fechou os portões.

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