Desembarco em Guarulhos, aeroporto internacional André Franco Montoro e posto uma foto, com a tripulação do voo, que gentilmente aceitou meu convite para registro daquele momento. Em seguida, um amigo virtual, entra em contato comigo, perguntando se estou em São Paulo e por quanto tempo. Marcamos um almoço na Paulista para o dia seguinte.
Conforme o combinado, chego antes e o aguardo, é a primeira vez que vou vê-lo pessoalmente.
Conheci Paulo Costa, um jovem paulista, residente em São Bernardo do Campo, filho de nordestinos, através do dr. Francisco Aguiar, meu cardiologista, que o encontrou na fila do consulado americano, ambos renovando seus vistos. Francisco, tão logo começou a falar com Paulo, falaram em meu nome, que gostava muito de viajar, e que estava dando uma volta ao mundo, e certamente seríamos amigos, pois tínhamos muito em comum.
Em seguida, Paulo me adicionou nas redes sociais, e passamos a falar de viagens e afins. Isso há seis anos.
Acompanhei as viagens de Paulo por diversos países, e ele as minhas.
Nas três horas e meia de almoço, trocamos informações valiosas, fizemos plano de viagens futuras, falamos de custos, da volta ao mundo que estou planejando para 2020, caso ele tenha tempo gostaria de ir também.
Conto essa história, pois me inspirei no jovem australiano Matt Kulesza, que criou o projeto 1000+coffee, ao perceber sua lista de amigos no Facebook, com 5.000 mil pessoas, teve a ideia de todas as vezes em que viajasse a um lugar diferente, convidar um amigo virtual para um café, e assim conhecer melhor aquela pessoa.
Na entrevista que li sobre Matt Kulesza, ele fala da alegria e experiência de conhecer pessoas diferentes, em diferentes lugares do mundo, e que já tinha se encontrado com mais de cem pessoas, muitos delas fora da Austrália.
Fala que tem amigos no Brasil, mas ainda não esteve no país, mas gostaria de conhecê-lo: tomar café, caipirinha e comer feijoada, quando aqui vier.
Graças às maravilhas que são as redes sociais, me reinventei, e hoje tenho amigos virtuais em todos os continentes do planeta.
Recentemente, em um hotel em Misk, capital da Bielorrussa, tive o cancelamento de uma diária, e precisei me mudar para outro hotel. Sem falar nada em russo, o inglês não ajudava, fui salvo por um jovem de Moscou, Tagir Valide, que me ajudou a fazer check out, levou minha mala até outro hotel, e hoje somos amigos nas redes sociais, trocando mensagens.
Desço no aeroporto de Lanarca, Chipre, noite adentro, pego informações, e me dirijo para o ônibus que me levaria ao centro da cidade. Ainda no ônibus vejo um jovem a falar em português no celular. Espero que conclua a ligação e peço informações de como chegar ao hotel. Descemos na parada final, José do Espírito Santo me leva até a recepção do hotel, dando as informações necessárias de como eu me deslocar pela linda Lanarca.
Em uma manhã, entro em um restaurante de um hotel em Adis Abeba, Etiópia, sou surpreendido pelo chamamento de um casal de jovens mineiros, hospedado no mesmo hotel, que acompanhavam minha viagem pela África, através das postagens que fazia. Quão grande foi a alegria em conhecer Edilson Mansuette e Ingrid Danziger, passamos horas a conversar, fazer vídeos, postar no YouTube, falando daquele encontro inusitado. Estamos com passagens compradas para visitarmos os continentes americano, europeu e asiático, em uma longa viagem que se inicia no começo de março de 2020.
E, assim, com quase 61 anos, descubro um mundo novo, todo conectado, e aprendo um pouco a cada dia. Agradeço a Deus, cada oportunidade de conhecer gente nova, seja para um rápido café da tarde, ou um longo almoço.
Se eu for à sua cidade, me convide para um encontro, será um prazer fazer de um amigo virtual em amigo real.
Luiz Thadeu Nunes e Silva
Engenheiro agrônomo e palestrante
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